Já se percebeu, depois do que o nosso primeiro-ministro disse, que a política não muda só porque muda o ministro (referia-se à Saúde). Portanto, como a política é toda dele, pergunto-me o que o eng.º Sócrates quererá com a trapalhada da avaliação dos professores naquela parte em que são piores professores aqueles que passarem menos alunos? É para os alunos passarem todos, mais uma vez? E, portanto, desautorizar outra vez, e ainda mais, os professores, ou é só desorientação?
E aquela de dificultar o ensino especializado de música aos alunos que querem (e nós, para sermos um país culto, precisamos que muitos queiram!) ser músicos? É para deixar serem músicos só os filhos dos ricos e obrigarem os pobres a não terem veleidades de ter um filho a estudar um instrumento? Isto é alguma estirpe de socialismo geneticamente deformado em aberração, ou é só distracção?
E aquela do eng.º Sócrates querer que o ministro do Ambiente queira que sejam as câmaras a decidir em última instância quais são as zonas de Rede Ecológica Nacional? Com aquilo que temos vindo a ver, vai ser fartar vilanagem!
E aquela de a dr.ª Maria José Morgado – que deve mesmo ser muito boa no que faz porque é sempre chamada para os casos mais complicados e faz mexer as coisas – afirmar que se daria mais celeridade à justiça em Portugal “com informatização”? E a cara com que o eng.º Sócrates deve ter mandado o ministro da Justiça ficar depois de saber perfeitamente que anda pelo país a oferecer computadores aos putos das escolas mas não os dá aos tribunais?
E aquela de se chegar agora à conclusão de que afinal não havia ambulâncias suficientes e suficiente articulação com os bombeiros e suficientes etcs para fechar certas urgências, ao contrário do que o eng.º Sócrates mandou o ex-ministro da Saúde decidir aqui há uns mortos atrás?
E estas são só algumas, poucas, das perguntas que me vêm à cabeça assim de repente …
Creolina – Por José Pedro Gomes
zpgomes@sapo.pt
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