«Há dois milhões de pobres em Portugal [números de 2005]. O que significa que um quinto dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês. E há os «novos pobres», pessoas com emprego, mas cujo salário não chega para as necessidades. Tudo isto coloca Portugal na lista negra dos países com mais pobreza e o país da UE onde a desigualdade entre ricos e pobres é maior. Classe média tende a desaparecer»
É uma das imagens de marca desta III República: aumento da pobreza, aumento do fosso entre ricos e pobres e morte da classe média. O próprio presidente Cavaco afirma-se envergonhado, confirmando que este Estado é incapaz de melhorar a situação: «Estou convencido que o Estado só por si não consegue resolver estes problemas», disse o chefe de Estado, afirmando que é preciso que «os cidadãos se organizem». Então, do que estamos à espera?
Chamam-lhe "risco de pobreza", refiro me aos 18% de portugueses que ganham igual ou menos de 366 euros mensais, mas que o governo não quer chamar pobres. Eu chamo-lhe: MISÉRIA.
E o número de 18% escamoteia que há outros mais de 21% que, oficialmente, são considerados pobres. O que somado significa que 40% dos portugueses vivem com igual ou menos de 366 euros, uma quantia miserável para sobreviver, mas que os burocratas no INE e nos Ministérios não entendem como trágico e extremamente injusto (e ainda se vangloriam disso). Pois, claro... não são eles que têm de sobreviver nessas condições. Quero fazer aqui justiça a esses 40% de portugueses que sofrem todos os dias só para continuarem vivos dizendo: sim, falamos de 40% de portugueses pobres a quem o governo burguês neo-liberal PS-PSD (com a ajuda do CDS às vezes) não dá nenhuma oportunidade de uma vida digna. Isto é o capitalismo, sem mascara, com todo o seu desprezo pelo povo português humilde e trabalhador.
Aqui fica mais um retrato cru dessa pobreza esquecida no Portugal profundo:
http://tirem-as-maos-da-venezuela.blogspot.com/2008/01/pobreza-aumenta-em-portugal-apesar-das.html
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