sexta-feira, março 28, 2008

Breve História de Portugal

Há um maluco que anda à porrada com a mãe e funda um reino. Depois, um doido desenterra a amada putrefacta e coroa-a rainha. Não contente, senta-a no trono e obriga toda a gente a beijar-lhe o anel no dedo nauseabundo, apodrecido...
Tempos mais tarde, uns quantos loucos metem-se numas cascas de noz (a que, irresponsavelmente, chamaram naus) e zarparam mar adentro, sem sequer saberem o que procuravam. Qual ouro, qual fé?! O que os movia era a zoinice.
O poeta-mor da pátria veio a ser um tal zaragateiro, um gigolô com a mania dos duelos que pela espada perdeu um olho. O maior feito do homem foi quase morrer afogado para salvar uns papéis.
Vá-se lá saber porquê, a doidice, esse atributo único dos portugueses, convenceu-os de que tinham um império. Mas por pouco tempo. Um desvairado rapazolas, um tal D. Sebastião (que nem copular sabia... ou podia), preconiza um sintomático ataque suicida ao Norte de África. O doidivanas, que fez orelhas moucas às sábias advertências dos Reis de Espanha, ainda arrastou para a desgraça meia dúzia de parvos estrangeiros.
Mas a mania do império continuou e chegou até um tal Salazar. Este, azoratado de todo, queria defender a ilusão com um exército de fábula. Sozinho contra o mundo com uma tropa de farrapos e ninguém lhe tirava a cadeira...
Outro exemplo de delírio intelectual é o próprio Fernando Pessoa. Um doido varrido, mas não daqueles que se acham Napoleão. Mais refinado, inventou heterónimos com obra própria, que se correspondiam entre si e que se levavam a sério. Não é de manicómio?
Há que desconfiar deste país...

sugerida por Vasco de Castro
http://pimentanegra.blogspot.com/

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