No dia em que um governo se visse impedido de levar a cabo uma reforma essencial do seu programa, por rebelião dos profissionais de um serviço público apoiada pela oposição, só teria uma saída democraticamente digna, ou seja, pedir a demissão ao Presidente da República para convocar eleições antecipadas a fim de saber quem governa: se o Governo eleito ou a oposição, se os cidadãos eleitores ou uma classe profissional na rua. [Publicado por Vital Moreira] [9.3.08]
Para estas pessoas, a democracia, cinge-se ao acto eleitoral. Maioria ganha, maioria gasta. As minorias que se amolem até às próximas. A noção de negociar medidas julgadas certas e contestadas como erradas; a noção de discussão pública em Assembleia de República e a noção de debate democrático, sobre medidas que afectam classes, grupos, milhares de pessoas, ficam sempre prejudicadas pela autoridade natural da maioria eleitoral, mandatada para cumprir programas elaborados para o efeito.
Esta noção restrita de democracia, parte sempre daqueles que nunca a entenderam verdadeiramente: geralmente daqueles que a negaram, precisamente pelos mesmo motivos restritivos. Dantes, eram comunistas, com uma ideia fixa: o povo é quem mais ordena e o Comité Central, é a emanação do povo. Hoje, os eleitos, neste jogo eleitoral que todos conhecem, são os membros actuais desse comité central perdido.
São estes, os democratas de pacotilha, numa noção de democracia, particular e de elite. A deles.
Citando O´Neill,
E ainda há quem os ouça, quem os leia,
lhes agradeça a fontanária ideia!
E glosando, Clint Eastwood:
Go ahead! Make our day!
http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/2008/03/
democracia-de-elite.html
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