quarta-feira, abril 09, 2008

Um poema de Maiakovski que se aplica, que nem uma luva, ao momento que os professores estão a viver

Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.


Na segunda noite, já não se escondem,
Pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.


E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.

Maiakovski
http://professoresramiromarques.blogspot.com

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