Esta paralisação está a ser conduzida fora dos grandes centros de decisão e fora de qualquer hierarquia directa e está a provocar rupturas nos meios da burguesia.
Os camionistas avançaram com uma comissão como forma de representação e diversos piquetes nos principais eixos e centros de estacionamento e abastecimento de norte a sul do país para tentar dissuadir os colegas menos esclarecidos sobre esta luta.
Nesta luta estão os pequenos patrões que têm uma pequena frota de camiões e são sufocados pelos sucessivos aumentos dos combustíveis, mas na prática estes pessoas são trabalhadoras normais como qualquer outro trabalhador.
Os trabalhadores destas pequenas empresas também estão a aderir ao protesto, por que o seu posto de trabalho pode estar em risco por causa dos combustíveis.
A luta de classes nestas empresas existe e vai continuar a existir por que enquanto houver trabalhadores e pequenos ou grandes patrões a luta por melhores condições de vida e de trabalho e por aumentos salariais vai existir sempre, assim como, a exploração patronal sobre o trabalhador até que este se revolte e mude de sociedade.
Mas esta luta a todos diz respeito pelo abaixamento dos combustíveis é bom para o trabalhador que pode reivindicar melhores condições salariais e para ao patrão que não paga tantos impostos ao Estado.
Esta paralisação está também a mudar a forma como as pessoas se podem organizar, ou seja, de um modo assmbleário onde todos decidem e é muito proveitoso para ambas as partes e mau para o governo e para os partidos que tem uma estruturas hierárquica rígida onde os seus militantes não podem decidir nada.
De assinalar que os partidos ainda praticamente não se pronunciaram sobre esta luta, embora o PSD já dissesse que o governo não deve ceder as pressões dos camionistas.
O PCP também não se pronunciou oficialmente mas a sua correia de transmissão a FECTRANS-sindicatos dos transportes já dissesse que esta paralisação era uma greve dos patrões e apelou aos trabalhadores para não aderirem.
O Bloco de Esquerda também ainda não disse nada.
Os partidos têm todos um problema, tudo o que saia da sua órbita para mais ou menos um domínio da autogestão e da assembleia aberta e do seu controlo não apoiam e boicotam e se possível mandam as forças repressivas para tentar controlar as lutas. por que todos estão enfeudados ao poder arbitrário.
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