Um estudo realizado pelo Instituto Nacional da Administração, disponível no site da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público do Ministério das Finanças, faz cair por terra as falácias com que o Governo PS, com o beneplácito de PSD e CDS, andou a entreter os portugueses quer quanto ao peso do emprego público no total da população activa, quer sobre o falso “privilégio inconcebível” dos vínculos definitivos aos quais o Governo, com o contributo da comunicação social, chamou de “vínculos por nomeação”, fomentando a confusão com as nomeações de natureza político-partidária, uma prática em que os três partidos têm sido useiros e vezeiros.
Quanto ao primeiro, o estudo revela que Portugal é o terceiro país com menor percentagem de funcionários públicos (13,4%), logo a seguir à Alemanha e à Espanha, e menos de metade da percentagem verificada em França (28%) e na Suécia (31,5%) e menor do que as verificadas em dois países considerados pelo executivo Sócrates como “exemplos a seguir”: Irlanda (17,9%) e Finlândia (22,9%).
Quanto à apresentação da natureza definitiva do vínculo público como " um privilégio incompatível com uma Administração Pública eficiente e de qualidade", em países muito mais desenvolvidos do que Portugal, o vínculo definitivo é maioritário. É esse o caso da Espanha (60%), de França (55%) e da Irlanda (58,7%), países onde a segurança e a estabilidade da relação laboral dos servidores do Estado é encarada como elemento essencial para defendê-los contra pressões e chantagens, quer de chefias partidárias, quer de grupos de interesses privados. Em Portugal, um país sem corrupção, a prevenção de tais pressões fica despojada de qualquer sentido.
Este tema, que já tinha sido objecto de postagem no PB quando começou a cruzada contra os falsos privilégios, volta hoje às páginas do DN. Acresce dizer que o estudo em apreço foi realizado antes da reforma que se realizou apesar da realidade que faz ressaltar.
http://opaisdoburro.blogspot.com/2008/06/mentiras-ou-funcionrios
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