Disponíveis aqui, o relatório e a apresentação no parlamento:
http://www.concorrencia.pt/Conteudo.asp?ID=1397
Dadas as 96 páginas do relatório, isto será tema para futura ocasião. Mesmo assim, cá vão umas postas de pescada.
• 66% por cento do que pagamos em combustíveis são impostos. Nada de novo, mas convém não esquecer.
• Gostaria de chamar a atenção para o patamar de preço sensivelmente constante do Brent entre Jul06 e Jan08 (preços em €, alisados a 1 ano; gráfico 1). Ainda não encaixei bem este dado, pese embora as explicações de João Miranda.
• Entre as recomendações notam-se os incentivos para que se crie um mercado mais aberto e concorrencial. Deve-se portanto depreender que isso agora não existe.
Já o presidente da Galp, ouvi-o na Antena 1 falar duma campanha levada a cabo por peritos energéticos com objectivos obscuros. Queixou-se ainda, sem quantificar, das consequências negativas que isso trouxe para as vendas a retalho. Sobre este assunto declaro que não sou perito energético algum e que não tenho interesse no mercado energético que não seja o do simples consumidor. Posto isto, é de notar:
• esta acção em que um grupo de consumidores se organiza para fazer pressão sobre uma empresa é a primeira de que tenho conhecimento entre nós (ingleses, americanos, alemães, etc. fazem-no correntemente);
• a avaliar pelas palavras do presidente da Galp, teve sucesso.
Considero perfeitamente legítimo que os consumidores se organizem para puxarem a brasa à sua sardinha. Até agora o consumidor tem sido um elemento passivo no mercado, limitando-se a encolher os ombros quando a oferta não lhe agradava. Eventualmente, acabaria por protestar por o Estado não o defender. Pois desta vez a situação foi diferente. Houve quem se organizasse e fizesse sentir o seu descontentamento.
A sociedade funcionou sem precisar do Estado. Não é o que muitos defendem como paradigma?
http://fliscorno.blogspot.com/
P.S. sem dúvida!
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