quarta-feira, junho 25, 2008

A reforma de miséria de Salter Cid

Salter Cid é, actualmente, vereador da Câmara de Lisboa, pelo PSD.
Em 1990, entrou para a Marconi, exercendo funções de marketing e comunicação. Logo nesse ano e no seguinte, foi requisitado por Cavaco Silva para secretário de Estado das Comunicações. Voltou para a Marconi e, em 1994/95, Cavaco chamou-o, novamente, desta vez para secretário de Estado da Segurança Social. Foi nessa qualidade que aprovou o regulamento do Fundo Especial de Melhoria de Segurança Social do Pessoal da Marconi. Uma das benesses desse Fundo permite, aos pensionistas da Marconi aplicar, como suplemento extra, uma taxa de 15% sobre o valor da pensão estatutária calculada na data da passagem à situação de pensionista. O referido Fundo tinha, no ano passado, um passivo de mais de 12 milhões de euros.
Durante o governo de Durão Barroso, Cid foi requisitado novamente, desta vez para presidir à Companhia das Lezírias. Levou consigo, da PT, a secretária (3.500 euros/mês) e o motorista (3.300 eurpos/mês). O Tribunal de Contas desconfiou do salário que Cid auferia na Companhia das Lezírias (27.500 euros/mês). O contrato entre a Companhia e Cid foi celebrado um ano depois de Cid ter iniciado funções e o próprio Cid assinou o contrato, em nome da Companhia.
Em 2007, com 17 anos de casa (Marconi/PT), embora só 6 de actividade, Cid solicitou a passagem à pré-reforma, que lhe foi concedida. Ganha 17.900 euros/mês pelos 6 anos efectivos que trabalhou para a Marconi/PT.
Cid acha pouco. Acha que tem direito ao mesmo vencimento que o funcionário da PT, no activo, com a sua categoria. Meteu a PT em Tribunal.
Não foi preso.
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