Estamos em crise mas os últimos anos foram de progresso no mundo ocidental. E sabemos que quando há dinheiro, as pessoas conseguem ser muito fúteis. Para mim, o clímax da futilidade em tempos de progresso é o debate tipo pescadinha de rabo na boca sobre a vida dos homossexuais.
Por tudo e por nada, a comunidade gay desce a avenida com botas de cano alto, umas vezes por causa do casamento, outras por causa da adopção. Amanhã será um subsídio para implantes mamários, porque nasceram no corpo errado.
Mas será que não podem fazer uma petição? Ou chegar ao Parlamento através da iniciativa dos cidadãos?
Por mim, acho óptima a ideia de nos podermos casar com o que nos apetece. Homem com homem, homem com mulher, mulher com camelo, camelo com panda. Tudo. E sobre a adopção, também condescendo. Aqueloutros de Roma não foram criados por uma loba?
O debate é que chateia, como chateou o do aborto. Perdemos então muito tempo a trocar argumentos quase sempre absurdos, quando já era evidente que a sociedade queria o aborto, fosse o feto uma vida humana ou um Audi a gasóleo. Não interessava.
Sobre o casamento entre homossexuais e a adopção, o caso é semelhante. Vamos voltar a esquentar a cabeça com um assunto cujo resultado está mais do que visto: o futuro também passa por casais do mesmo sexo, com crianças adoptadas. Adoptadas por enquanto, porque a genética não descansa enquanto não conseguir gerar crianças em pó. Nessa altura, bastará comprar o modelo preferido, juntar água e levar ao frigorífico para solidificar.
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