Os funcionários públicos podem perder até 18 por cento do valor da sua reforma com as novas regras de aposentação, de acordo com um estudo feito por economistas publicado no boletim económico de Verão do Banco de Portugal. É finalmente conhecido um estudo que desvenda o mistério das “condições mais vantajosas de aposentação”, como então lhe chamou a imprensa, que levou milhares de funcionários públicos aproveitadores a uma “corrida às reformas”. Fica a faltar outro estudo que confirme a correlação entre a crise que se vive actualmente e a perda de poder de compra dos funcionários públicos. Ambas nasceram quase em simultâneo, há cerca de 10 anos, e cresceram lado a lado, sem interferências da conjuntura internacional. Com o consumo privado a corresponder a uma parcela de cerca de 60% do PIB, com os funcionários públicos a corresponderem a uma fatia de cerca de 15% da população activa e com os efeitos de arrastamento das políticas de emprego público sobre o emprego privado, as suas conclusões seguramente que trariam novos argumentos para o debate político, nomeadamente quanto ao contributo das "cruzadas" contra os "poderosos interesses corporativos" dos funcionários públicos para o agravamento da crise e sobre a responsabilidade dos sucessivos governos nessa matéria.
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