[Quem costuma afirmar solenemente que a segurança social «é inviável» a longo prazo se não forem efectuados cortes drásticos nos montantes das pensões e se não se diferir o mais possível a entrada das pessoas na reforma, são sisudos políticos e analistas alinhados com o regime.
Porém, o Tribunal de Contas, instituição o mais oficial possível, revela que « o excedente desse sector aumentou 46 por cento para 1,1 mil milhões de euros.» e [...]«No ano passado, a segurança social terminou com um saldo positivo de 1.147,5 milhões de euros, mais 46 por cento do que em 2006, segundo o Tribunal de Contas, com as receitas a subirem 4,1 por cento e as despesas a aumentarem 2,3 por cento.»
Todos os figurões que têm cantado a estafada e mentirosa cantilena da «inviabilidade da segurança social» ficam mais uma vez completamente desacreditados perante uma opinião pública adulta, esclarecida ... mas quem espera que tal aconteça nesta «cleptocracia»???
MB]
Tribunal de Contas recusa-se a validar contas de 2007 da segurança social
Lisboa, 25 Jul (Lusa) - O Tribunal de Contas manteve novamente as reservas sobre as contas de 2007 da segurança social, por falta de viabilidade dos números, num ano em que o excedente desse sector aumentou 46 por cento para 1,1 mil milhões de euros.
De acordo com o relatório de acompanhamento da execução do orçamento da segurança social, o Tribunal de Contas diz que "os dados financeiros disponibilizados pelo sistema de informação financeira (SIF) da segurança social não oferecem ainda garantias de segurança e fidedignidade."
A informação que foi passada ao Tribunal de Contas em papel foi baseada em "mapas extra contabilísticos" de cada um dos subsistemas, os quais são "não confirmáveis pela informação que existe no SIF", pode ler-se no mesmo documento.
Por isso, e à semelhança do que sucedeu nos anos anteriores (desde 2004), o Tribunal de Contas decidiu não validar as contas da segurança social, dado o carácter "provisório dos dados e a sua "limitada fiabilidade."
No ano passado, a segurança social terminou com um saldo positivo de 1.147,5 milhões de euros, mais 46 por cento do que em 2006, segundo o Tribunal de Contas, com as receitas a subirem 4,1 por cento e as despesas a aumentarem 2,3 por cento.
IRE.
Lusa/Fim
http://www.luta-social.org/
Sem comentários:
Enviar um comentário