quarta-feira, julho 16, 2008

A união faz a força ou união à força?


Sarkozy conseguiu levar a sua ideia avante e criar a megalómana União para o Mediterrâneo (UPM). São 43 países e 750 milhões de habitantes.
Só a lista de países que fazem parte da UPM diz tudo. Para além dos 27 da União Europeia (que nem quanto ao Tratado de Lisboa se entendem), fazem parte desta bagunça: Marrocos, Argélia, Tunísia, Egipto, Israel, Jordânia, Líbano, Mauritânia, Síria, Turquia, Palestina, Albânia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Mónaco.
A reunião fundadora desta espécie de torre da Babilónia foi em Paris e espero que as próximas reuniões decorram, sucessivamente, nas várias capitais dos países membros. Sempre quero ver o primeiro-ministro israelita numa reunião na Faixa de Gaza, ou o primeiro-ministro palestiniano numa cerimónia pública em Jerusalém.
Como Sarkozy não conseguiu enfiar os países árabes na União Europeia, inventou esta coisa. Adoro, sobretudo, a inclusão do Mónaco. Um pormenor delicioso… Só não percebo por que razão San Marino e Andorra ficaram de fora.
Tanto quanto consegui perceber, pela leitura dos jornais, a UPM não vai servir para grande coisa. Para já - e como primeiro objectivo comum - os países membros comprometeram-se a despoluir o Mediterrâneo, através da eliminação de 80% das fontes de poluição (lixeiras e esgotos directos para o mar). A Mauritânia passará a lançar os seus esgotos na Argélia, esta em Marrocos e os marroquinos exportam a trampa para a Albânia. Em breve, Portugal terá que co-incenerar trampa mauritana.
Será que a Carla Bruni não dá que fazer ao Sarkozy?
Entretém o homem, rapariga!
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