40 mil professores no desemprego, metade dos quais não tem direito a subsídio de desemprego, porque não trabalhou de forma contínua nos últimos anos ou esteve a recibos verdes. A denúncia foi feita esta segunda-feira pela Fenprof.
Diz o governo que não é uma agência de emprego nem tem que ser. E tem razão. O Ministério da Educação deve ser uma agência de sucesso, de verdadeiro sucesso para lá da cosmética estatística.
Só que este governo, na ânsia de não ser uma agência de emprego, torna-se numa verdadeira agência do insucesso e nada apaga esta verdade: 38% dos jovens abandonam precocemente a escola, o valor mais alto da Europa, só ultrapassado por Malta (40%).
E combater o insucesso escolar, ou seja, fazer do Ministério da Educação uma agência de verdadeiro sucesso não implica a contratação e entrada no quadro das escolas de mais professores?
Sim. De acordo com a Federação Nacional de Educação, as turmas com um número excessivo de alunos (24 a 28) eram 38% no 9º ano, 22% no 7º ano 57% no 10º ano. Outro estudo recente diz-nos que cada professor tem por ano mais de 100 alunos. Por outro lado, faltam professores de apoio aos milhares (quantos são os que recorrem a explicações pagas porque o ensino público não as faculta?), e falta investimento ao nível do ensino especial.
Não há dúvida que um grande salto na escola pública inclusiva com sucesso escolar a quase 100% implica a vinda de mais professores. Haja coragem!
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