
«Foi anunciado como o primeiro computador português, mas não é bem assim. O Magalhães é originalmente o Classmate PC, produto concebido pela Intel no sector dos NetBooks, que surge em reacção ao OLPC XO-1, que foi idealizado por Nicholas Negroponte.
Será, no fundo, um computador montado em Portugal, mais propriamente pela empresa JP Sá Couto, em Matosinhos. Tirando o nome, o logótipo e a capa exterior, tudo o resto é idêntico ao produto que a Intel tem estado a vender em várias partes do mundo desde 2006. Aliás, esta é já a segunda versão do produto.
Na Indonésia o «Magalhães» é conhecido pelo nome de «Anoa», na Índia é o Mileap-X series, na Itália é o Jumpc e o no Brasil é conhecido por Mobo Kids. O Governo do Vietname percebeu o sucesso da oferta e já o colocou nas escolas a preço reduzido. Uma ideia agora adoptada por José Sócrates.»
in “Portugal Diário”
Hoje é dia de romaria governativa para “vender” o Magalhães um pouco por escolas de todo o país. Vendo a lista desta gente, o número que vai ser vendido em Portugal, não posso deixar de pensar no Engenheiro como o melhor vendedor no país, (terá certamente uma medalha de mérito da Associação Portuguesa de Vendedores de computadores), e no estrangeiro por convencer o Chavez a comprá-los também e o Mário Lino, sempre presente nestas alturas de distribuição como funcionário do serviço de entregas. A Ministra anda lá para nos convencer que tudo vai muito bem e o Silva, quando aparece, é sempre na sua função de “emplastro”.
Sei que os computadores são uma ferramenta indispensável no futuro dos nossos jovens, que a sua introdução na aprendizagem feita cedo para ao mais jovens é uma medida positiva, mas será que isso resolve os maiores problemas? Penso que não e custa-me ver a Escola e o Ministério não se preocuparem o mínimo com a presença de placas com amianto, como acontece na escola do meu filho, um produto altamente cancerígena e penso, proibido na construção, afirmando que o mesmo só é perigoso quando deteriorado ou for mexido o que libertaria fibras, essas sim cancerígenas. Mas, também que espectáculo mediático e que propaganda daria num telejornal a substituição de alguns tecto de pequenos ginásio escolares.
Fernando Magalhães deu a volta ao mundo, mas este Engenheiro não me parece que dê a volta a nada nem que este “Menino d’oiro” vá descobrir nenhum novo “El dourado” para salvar este país. Não é com bazófia que se resolvem as dificuldades, mas com uma prática voltada para os cidadãos.
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