Para se poder combater a adesivagem é preciso conhecer os adesivos. O trabalho de caracterização do adesivo é uma tarefa intelectual e ideológica necessária. O que leva um professor a tornar-se adesivo? Por que razão, um profissional resolve trair os seus colegas? Quais são as vantagens que o adesivo procura alcançar? Qual é a matriz intelectual e cultural do adesivo? Como distinguir o adesivo hard do adesivo light? E como identificar os adesivos que não se assumem?
Outra questão fundamental - que procurarei aqui tratar - é: como combater os adesivos? Quais as estratégias mais adequadas para isolar os adesivos? Como é que se pode desmascarar um adesivo? Como identificar as contradições de um adesivo? Uma das armas a usar é o humor. O adesivo, sempre que se expõe, cai no ridículo. Saibamos usar a ironia e o escárnio contra os adesivos. Voltarei a este assunto mais tarde.
Por agora, deixo os colegas com o texto da Ana. Um contributo interessante.
Muitos adesivos, com quem me cruzei e cruzo profissionalmente, têm frases lapidares do tipo "Eu nunca falto! Nunca dei uma falta!". Estão, invariavelmente, muito ocupados em dar a imagem exterior de que são muito cumpridores na profissão e, desse modo, expressam e reforçam perante si e os outros o reconhecimento social e também a auto-motivação, uma vez que não a obtêm pela via dos Professores. A motivação dos Professores resulta dos progressos dos seus alunos. A motivação dos adesivos resulta de aspectos enquadradores do desempenho da profissão (assiduidade, pontualidade, ultra centrados no cumprimento de todo o tipo de tarefas administrativas,etc).
O adesivo tem uma preparação científica e pedagógica fraca, tem uma cultura geral de base abaixo da média dos seus colegas, nunca leu um documento de natureza pedagógica e está sempre a par de legislação burocrática de enquadramento profissional. Os executivos que são adesivos estimam particularmente adesivos (Ana).
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