O ritmo é impressionante e mostra bem a instabilidade que reina nas escolas graças ao actual modelo de avaliação de desempenho de professores. Nesta semana, há notícias de pelo menos 20 novas escolas por dia a exigir a suspensão da avaliação. Numa escola de Leiria, a avaliação foi mesmo suspensa por decisão dos professores avaliadores, informa o Conselho Executivo.
"O Conselho Executivo informa todos os docentes de que, por deliberação unânime dos professores avaliadores e professores indigitados para a função de avaliadores, reunidos no dia 28 de Outubro, fica interrompido o processo de avaliação do desempenho docente até estar legitimada a delegação de competências.Leiria, 28 de Outubro de 2008"
A mensagem enviada pelo Conselho Executivo da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lopo não deixa margem para dúvidas. Noutras escolas há moções assinadas por mais de 100 professores ou mesmo por unanimidade, exigindo a suspensão da avaliação e também há casos em que todos os professores de uma escola decidem não entregar os seus objectivos individuais, paralisando o processo.
As listas que circulam nos e-mails e nos blogues referem quase uma centena de escolas que estão a tomar posição. Mas, na verdade, muitas dessas posições são tomadas por Agrupamentos inteiros, muitos deles compostos por várias escolas. Assim, calcula-se que o número de escolas em protesto se aproxime das quinhentas. Um dos argumentos centrais invocado pelas escolas contra este modelo de avaliação é a carga burocrática que ele exige, e que impede os professores de se concentrarem no mais importante: os alunos e a qualidade das aulas.
http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=8924&Itemid=1
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