Exmo. Sr.:
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Envio-lhe esta carta para exprimir a minha preocupação com o ambiente que hoje se vive nas escolas públicas portuguesas. Os professores sentem-se desmotivados, cansados por um quotidiano de trabalho onde a dedicação ao ensino e aos alunos é cada vez mais lateral, absorvido como é por tarefas burocráticas, por horas a fio de reuniões, por uma sobrecarga de incumbências que em nada contribuem para a melhoria efectiva dos resultados escolares. Vejo que os professores se sentem também continuamente agredidos por uma equipa ministerial apostada em fazer deles uma massa amorfa e obediente, condicionada pelo medo para cumprir mecanicamente a enxurrada de legislação que o Ministério da Educação despeja sobre as escolas. Ministério que, por seu turno, não tem escondido o desprezo por essa classe profissional, teimando em não reconhecer a importância vital da sua função numa sociedade, como a portuguesa, que permanece a braços com um enorme défice de conhecimento e de qualificação. Compreendo, por isso, a inquietude com que muitos docentes encaram a forma como este governo tem procurado mascarar a crise da escola pública, ocultando-a por baixo da promessa ilusória de novas tecnologias da informação, como se elas pudessem, por si só, substituir-se ao processo de transmissão e de interiorização de saberes no qual professor e aluno são protagonistas essenciais. Do mesmo modo, compreendo e preocupo-me perante a denúncia que os professores fazem do fabrico de sucesso escolar artificial e fraudulento, obtido em exames nacionais simplificados ou por meio da pressão que o actual modelo de avaliação dos docentes exerce para estes inflacionarem as classificações dos seus alunos. Face a uma tal manipulação, constato como é falsa a acusação de serem os professores os principais responsáveis pelo insucesso escolar dos jovens portugueses. Verifico, pelo contrário, que os professores estão a remar contra muitas marés que têm conduzido a esse resultado, e que a maior parte delas emana do próprio Ministério da Educação.
Entendo que a causa que, hoje, move o protesto e a luta dos professores não é uma causa corporativa, mas sim uma causa de todos nós, cidadãos empenhados em não hipotecar o futuro das novas gerações de portugueses, cidadãos que percebem a importância de ter uma classe docente valorizada, social e politicamente reconhecida, sem a qual não será possível assegurar um ensino de rigor e qualidade que possa constituir um pilar de uma sociedade moderna e genuinamente democrática.
Subscrevo-me com os melhores cumprimentos,
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Envio-lhe esta carta para exprimir a minha preocupação com o ambiente que hoje se vive nas escolas públicas portuguesas. Os professores sentem-se desmotivados, cansados por um quotidiano de trabalho onde a dedicação ao ensino e aos alunos é cada vez mais lateral, absorvido como é por tarefas burocráticas, por horas a fio de reuniões, por uma sobrecarga de incumbências que em nada contribuem para a melhoria efectiva dos resultados escolares. Vejo que os professores se sentem também continuamente agredidos por uma equipa ministerial apostada em fazer deles uma massa amorfa e obediente, condicionada pelo medo para cumprir mecanicamente a enxurrada de legislação que o Ministério da Educação despeja sobre as escolas. Ministério que, por seu turno, não tem escondido o desprezo por essa classe profissional, teimando em não reconhecer a importância vital da sua função numa sociedade, como a portuguesa, que permanece a braços com um enorme défice de conhecimento e de qualificação. Compreendo, por isso, a inquietude com que muitos docentes encaram a forma como este governo tem procurado mascarar a crise da escola pública, ocultando-a por baixo da promessa ilusória de novas tecnologias da informação, como se elas pudessem, por si só, substituir-se ao processo de transmissão e de interiorização de saberes no qual professor e aluno são protagonistas essenciais. Do mesmo modo, compreendo e preocupo-me perante a denúncia que os professores fazem do fabrico de sucesso escolar artificial e fraudulento, obtido em exames nacionais simplificados ou por meio da pressão que o actual modelo de avaliação dos docentes exerce para estes inflacionarem as classificações dos seus alunos. Face a uma tal manipulação, constato como é falsa a acusação de serem os professores os principais responsáveis pelo insucesso escolar dos jovens portugueses. Verifico, pelo contrário, que os professores estão a remar contra muitas marés que têm conduzido a esse resultado, e que a maior parte delas emana do próprio Ministério da Educação.
Entendo que a causa que, hoje, move o protesto e a luta dos professores não é uma causa corporativa, mas sim uma causa de todos nós, cidadãos empenhados em não hipotecar o futuro das novas gerações de portugueses, cidadãos que percebem a importância de ter uma classe docente valorizada, social e politicamente reconhecida, sem a qual não será possível assegurar um ensino de rigor e qualidade que possa constituir um pilar de uma sociedade moderna e genuinamente democrática.
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