quinta-feira, outubro 30, 2008

A escola, o enclave

Vamos imaginar que numa tarde calma, entra um maluco no Ministério da Educação, vai directo à ministra e assenta-lhe um sopapo. Não satisfeito, vai ter com o secretário de Estado, coloca-lhe uma mochila do 9.º ano às costas, dá-lhe um empurrão e deixa-o a espernear como uma barata.
O país parava para discutir o caso. A combalida ministra era entrevistada nos noticiários com uma coleira cervical, enquanto o secretário de Estado recuperava no fisioterapeuta.
Porém, o mesmo país, quando confrontado com a violência nas escolas e com pais a agredir impunemente professores e alunos, assobia para o lado. Parece que não é nada com ele. A escola está tão desligada da sociedade que é como se as notícias viessem do estrangeiro.
Mas quando esta desprezada prole, criada na anarquia do ensino “democrático”, galgar os muros da escola, vamos ouvir falar muito dela. E se assobiarmos para o lado, provavelmente levamos um pontapé nas costas e caímos desamparados pelas escadas.
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