Secundário. A plataforma Directores Não tomou em mãos a responsabilidade de dar organização aos protestos que têm acontecido em várias escolas do País contra o novo modelo de gestão escolar e o estatuto do aluno. A 5 de Novembro, dias antes das acções dos professores, culminam os protestos.
Os estudantes do ensino básico e secundário vão promover um dia nacional de luta a 5 de Novembro contra o novo modelo de gestão das escolas e contra o estatuto do aluno. A plataforma estudantil Directores Não decidiu ontem realizar uma manifestação em Lisboa na mesma data, poucos dias antes das acções marcadas pelos sindicatos e movimentos de professores, agendadas para 8 e 15 do mesmo mês.
Mas, apesar da coincidência no calendário dos protestos, os dirigentes estudantis optam por isolar os objectivos da sua luta da que está a ser travada pelos professores. "Sobre o modelo de avaliação de desempenho não nos pronunciamos, mas é claro que nos preocupamos quando vemos que os professores chegam às aulas preocupados, quando desabafam sobre os problemas da avaliação. Mas mesmo reconhecendo a legitimidade dos sindicatos, a nossa luta é outra", adianta Luís Baptista, aluno na Secundária Camilo Castelo Branco, em Carnaxide, e porta-voz da Plataforma Estudantil.
Os protestos dos estudantes centram-se fundamentalmente na crítica a duas reformas educativas: o novo modelo de gestão escolar e o estatuto do aluno. Para a plataforma Directores Não, as duas medidas associadas representam "a maior ofen- siva governamental contra a escola" e os estudantes.
"O estatuto do aluno por tornar os estudantes autênticos criminosos e por reforçar os poderes do senhor presidente do Conselho Executivo, e o novo modelo de gestão das escolas que pretende transportar a nossa escola e a nossa educação para um modelo de democracia interna que nos faz mais lembrar as escolas do outro tempo."
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