Quando a injustiça se torna lei, a resistência torna-se um dever! I write the verse and I find the rhyme I listen to the rhythm but the heartbeat`s mine. Por trás de uma grande fortuna está um grande crime-Honoré de Balzac. Este blog é a continuação de www.franciscotrindade.com que foi criado em 11/2000.35000 posts em 10 anos. Contacto: franciscotrindade4@gmail.com ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS
segunda-feira, novembro 03, 2008
E ninguém vai preso?...
Os contribuintes portugueses vão pagar a gestão danosa de anteriores administrações do BPN. Mas o Governo fez bem em promover a nacionalização deste banco, conhecido pelos seus "activos extravagantes".
Deixar entrar o banco em falência com a actual crise seria abrir uma caixa de Pandora e haveria o risco de assistirmos a uma corrida generalizada aos depósitos em todos os bancos e a uma derrocada em dominó de todo o sistema financeiro.
O BPN não é vítima da crise financeira global. É vítima dos erros de gestão, dos negócios ruinosos deste banco peculiar, construído através de uma rede de empresários de média e grande dimensões do país real e que tinha interesses desde o consórcio do SIRESP a hospitais e aos vinhos das caves da Murganheira.
O império do BPN e da sua casa-mãe, a SLN, foi desenvolvido por Oliveira e Costa, um banqueiro que no final da década de 80 foi secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que teve um poder quase discricionário na máquina do Fisco e que conheceu alguns dos futuros accionistas do banco com os célebres perdões fiscais.
O BPN e a SLN também contribuíram para a fortuna de Dias Loureiro, uma vez que o grupo comprou uma empresa da qual o ex-ministro foi administrador.
O conselheiro de Estado chegou a ser vice-presidente do BPN.
Feita a intervenção no banco, é também importante apurar responsabilidades criminais.
E ninguém vai preso?
A culpa costuma morrer solteira em Portugal, quando há ricos e poderosos envolvidos. Cabe ao PGR e aos tribunais contrariarem essa tradição.
Os cidadãos e os contribuintes merecem.
Editorial do CM
http://alvarohfernandes.blogspot.com/
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