quarta-feira, dezembro 31, 2008

5065 professores aposentados em 2008. Mais 1296 do que em 2007

Dos 19 134 funcionários que se aposentaram através da Caixa Geral de Aposentações (CGA), 7083 saíram do Ministério da Educação. Destes, 5065 são professores, mais 1296 do que em 2007.
Para António Avelãs, presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, o aumento não se explica apenas por ser a classe que emprega mais funcionários, mas também com as actuais políticas na Educação. 'Há muitos casos em que os professores saem penalizados, mas há docentes que, tendo essa possibilidade, preferem abandonar a profissão; e a tendência vai manter-se', diz. Ainda assim, Avelãs acredita que as saídas 'podem abrir campo a professores sem colocação'.
Face aos números de 2007, mais 2897 efectivos solicitaram a aposentação, uma subida de 15%, empurrada pela saída de efectivos nos três Ministérios com mais funcionários: Educação, Ambiente, Ordenamento do Território e Saúde.
Fonte: CM Online de 31/12/08
Comentário 
Foi patético ver e ouvir Valter Lemos a defender a tese de que as aposentações antecipadas dos professores não tinham que ver com o mau ambiente escolar gerado pelas políticas educativas do Governo. Os números estão à vista e basta querer lê-los para perceber a sangria que estas políticas erradas e cruéis estão a provocar nas escolas.
As escolas estão a ficar sem memória e os mais velhos não estão a ter tempo para passar as suas experiências aos mais novos. Uma escola sem memória é uma instituição mais facilmente submetida aos ditames autoritários das estruturas políticas e burocráticas que a oprimem: o Gabinete da Ministrada Educação, os serviços centrais do ME e as DREs.
A ministra da educação atingiu o seu objectivo: reduzir a despesa com os salários dos professores por via da substituição dos professores mais velhos, nos 8º, 9º e 10º escalões, por professores mais jovens, a ganharem metade dos mais velhos.
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