Milhares de jovens voltaram, esta terça-feira, a manifestar-se em
França e dezenas de escolas foram encerradas ou funcionaram com
perturbações em protesto contra a reforma escolar apresentada pelo
Governo, que admitiu, entretanto, um adiamento da proposta.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, assegurou, ontem, que a
controversa reforma do Ensino Secundário irá avançar, admitindo,
porém, que o Governo precisa novamente de dialogar com todas as partes
envolvidas. "Esta reforma do Secundário, eu apoio-a e ela será feita,
mas será necessário mais tempo para ouvir e para manter o diálogo",
reforçou o chefe de Estado francês. "Pedi a Xavier Darcos (ministro da
Educação francês) para aprofundar a concertação, a fim da reforma ser
aplicada nas melhores condições (...) vamos esperar o tempo necessário
para eliminar os mal-entendidos", concluiu. O Governo francês tem sido
confrontado, nas últimas duas semanas, por uma crescente onda de
descontentamento por parte dos estudantes, que têm liderado acções de
protesto em todo o país, algumas marcadas pela violência. Darcos
anunciou, anteontem, o adiamento por um ano da reforma do Ensino
Secundário, que deveria entrar em vigor no início de 2009.
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