segunda-feira, dezembro 08, 2008

O Ministério da Educação é política e tecnicamente incompetente

Politicamente incompetente:
1. Uma ministra da Educação que pretende fazer reformas contra os professores é politicamente incompetente. Uma ministra da Educação que, desde que tomou posse, sempre teve um discurso acintoso e grosseiro para com os professores é politicamente incompetente. Em lugar de mobilizar, de congregar, de incentivar, de persuadir, a ministra sempre gerou nos professores a repulsa e a revolta.

2. Uma ministra da Educação que consegue provocar uma manifestação de 100 mil professores e oito meses depois ainda consegue fazer subir esse número para 120 mil é politicamente incompetente.

3. Uma ministra da Educação que provoca uma greve nacional com uma adesão nunca antes registada é politicamente incompetente.

4. Uma ministra da Educação que durante três anos não se sentou à mesa com os sindicatos é politicamente incompetente.

5. Uma ministra da Educação que julga que faltando à verdade e manifestando tiques autoritários conseguiria algo de positivo na Educação, é politicamente incompetente.

6. Uma ministra da Educação que publicamente desautoriza os professores e que publicamente defende o facilitismo para os alunos é politicamente incompetente.
Estes factos chegam? Se for necessário mostro-lhe mais.

Tecnicamente incompetente:
(Como vejo que não está por dentro dos assuntos da Educação, vou ser sintético)
1. Uma ministra que promove um concurso para professores titulares em que só considera os últimos sete anos de serviço para efeitos de currículo, fazendo com que muitos professores vissem deitados para o lixo 15, 20 e 25 anos da sua carreira é tecnicamente incompetente.

2. Uma ministra que constrói um modelo de avaliação que permite ter professores doutorados a serem avaliados por professores licenciados, professores no topo da carreira a serem avaliados por professores dois escalões abaixo é tecnicamente incompetente.

3. Uma ministra que constrói um modelo de avaliação que permite que um professor seja avaliado na componente científico-pedagógica por um colega de uma área científica completamente diferente é tecnicamente incompetente.

4. Uma ministra que constrói um modelo de avaliação assente em dezenas de parâmetros e itens avaliativos carregados de subjectividade e de absoluta inoperacionalidade é tecnicamente incompetente.

5. Uma ministra que elabora um Estatuto do Aluno e que seis meses depois tem de alterar o seu conteúdo porque o que lá está estipulado, quanto ao regime de faltas, é de tal modo escandaloso que gerava o caos nas escolas é tecnicamente incompetente.
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