terça-feira, janeiro 27, 2009

Estavam à espera que eles cumprissem as promessas?

Os sindicatos dos professores estão indignados por a 24 horas da data marcada para realização da primeira reunião negocial sobre o estatuto da carreira - agendada desde o início do mês - ainda não terem recebido a convocatória oficial do Ministério.

"A situação é grave. É muito mau sinal para o início das negociações", disse ao DN Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof , acrescentando: "Espero que seja apenas um mal entendido ". Já para Carlos Chagas, do Sindep (Sindicato Nacional e Democrático dos Professores), a atitude do Ministério revela "desprezo pela organizações sindicais e pelos professores".

As reuniões - que a tutela e as estruturas sindicais tinham acordado decorrerem amanhã e quinta-feira - serviriam para discutir a prova de ingresso na profissão. Para Fevereiro, ficou agendada a negociação da estrutura da carreira, um tema que todos os representantes dos professores consideram fundamental.
Fonte: DN de 27/1/09
Comentário
Estavam à espera de quê? Que eles cumprissem as promessas? A equipa que dirige o ME não merece a mais pequena confiança dos professores. Os sindicatos devem perder a esperança de que podem negociar de boa fé com esta equipa. E para os que julgam que parar a luta pode ajudar no processo negocial, esta nova desconsideração é a prova de que estão enganados. Se os professores não tivessem feito duas gigantescas manifestações e duas greves nacionais no espaço de um ano, já este Governo tinham implementado mais malfeitorias: professor generalista para os primeiros 6 anos de escolaridade, redução das pausas lectivas e fim das reprovações no ensino básico. Foi a luta dos professores que travou o Governo e o fez recuar. A CONFAP veio, hoje, exigir ao Governo que mantenha as escolas abertas até às 19:00. Um dia destes exigirá que as crianças lá passem a noite. Leio com agrado que Carlos Chagas, dirigente do SINDEP; coloca a hipótese de uma greve de 5 dias. É tempo de a Plataforma Sindica consultar os professores sobre essa forma de luta. Com as escolas paradas durante cinco dias (uma semana), lá para Março ou Abril, o Governo sofreria um enorme desgaste face à opinião pública. A máscara do homem que está ao leme e que tem autoridade cairia com enorme espalhafato. Os que se opõem a uma greve de 5 dias, afirmam: não terá o nível de adesão das anteriores. E depois? Bastaria uma adesão de 50% para paralisar as escolas durante uma semana. E se os sindicatos concluírem que é possível garantir uma adesão de 50%, então vale a pena correr o risco. É preciso cozinhar o falso timoneiro em lume brando até às eleições.
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