Faço greve a 19 de Janeiro de 2009: a argumentação começa a tocar a redundância e a adquirir contornos quase patológicos.
Por mais que o governo decida criar cortinas de fumo diversas, os motivos que me levam a aderir a esta greve continuam inalterados.
Há 3 questões que têm de ser mudadas:
a injusta divisão da carreira em professores titulares e não titulares que foi ditada exclusivamente por motivos financeiros que são, hoje, mais do que questionados e que provocaram um afunilamento tal na progressão que em muitos casos paralisa-a definitivamente;
a ideia de que os professores seriam o principal motor no combate à taxa indecente de abandono escolar, avaliando-os por isso (nesta fase com uma interrupção de cinco meses), e desresponsabilizando o resto da sociedade do combate a esse flagelo nacional - esta desastrosa decisão está a degradar a escola pública (tudo cabe na escola e o ensino começa a perder-se como opção primeira e crucial) e foi alicerçada na intenção de iniciar o processo com um ataque sem precedentes à imagem pública dos professores -:
o modelo de avaliação do desempenho dos professores, que veio consubstanciar as duas políticas referidas anteriormente e que foi concebido com base num conjunto de invenções burocráticas que desnorteiam o centralizador ministério da Educação, que deve ser suspenso de modo a dar lugar a um outro que se centre na prevalência do ensino como desígnio primeiro de uma escola pública de qualidade para todos.
http://correntes.blogs.sapo.pt/
Sem comentários:
Enviar um comentário