Recentemente, fui alertado para uma prática da Zon que, na melhor tradição linguística de George W. Bush, redefiniu o significado de alguns termos da Lingua Portuguesa.
Numa pesquisa rápida em qualquer motor de busca, utilizando os termos "Zon" e "ilimitado", é possível verificar o número de utilizadores que se queixam de uma prática muito pouco ética - para não dizer ilegal - de redefinição dos termos de prestação de serviço de acesso à Internet, designadamente o que diz respeito ao acesso ilimitado.
Concretizando, apesar de um cliente subscrever um serviço, a Zon reserva-se o direito de alterar unilateralmente as condições de prestação do mesmo, com efeitos especificamente sobre o tráfego. Significa isto que mesmo subscrevendo um serviço de acesso "ilimitado", a Zon impõe uma utilização "razoável" dessa ausência de limite. Repito: ilimitado; utilização razoável.
Portanto, na próxima vez que (por exemplo) contratar um determinado fluxo de electricidade, pagar por esse fluxo, e a meio a empresa disser "o cliente pagou mas está a utilizar de forma pouco razoável o que pagou, portanto vamos cortar-lhe a luz durante algumas horas de forma a disfarçar o facto de não termos estrutura para dar a todos os clientes exactamente aquilo que pagaram", lembre-se da Zon: já faltou mais para que todas as empresas prestadoras de serviços se apercebam de que não faz mal fazer publicidade enganosa e roubar descaradamente os clientes em vez de, responsavelmente, garantir que têm a estrutura necessária para prestar o serviço que comercializam... Ilimitado, afinal, significa "de forma razoável"... Será que a Zon é ilimitadamente desonesta, ou apenas pouco razoável?...
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