O Relatório da OCDE sobre a Política Educativa no 1º CEB (2005/09) foi apresentado hoje com a presença de José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues. O relatório da OCDE elogia a política de fecho das escolas situadas em meios rurais. Nos últimos 4 anos, foram fechadas mais de 4 mil escolas do 1º CEB, obrigando os alunos que as frequentavam a fazerem, diariamente, em muitos casos, mais de 50 quilómetros diários entre a casa e a escola. Por outro lado, o fecho das escolas do 1º CEB em meios rurais muito tem contribuido para o aumento da desertificação do país. É essa política que o relatório da OCDE elogia. E Sócrates aproveitou a ocasião para traçar um rasgado elogio à ministra, criticando a oposição por o acusar de só trabalhar para as estatísticas. Relembro que foi também a OCDE que, em 2007, apresentou, no CCB, um relatório sobre o Ensino Superior em Portugal, com idênticos elogios ao Governo de Sócrates a propósito da política de ensino superior. A apresentação pública desse relatório coincidiu com a aceleração vertiginosa na criação das licenciaturas e mestrados bolonheses e sub-financiamento das Universidades e Politécnicos. Na altura, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) elogiou a privatização do ensino superior, a criação de fundações de direito privado nas Universidades Públicas e a mercadorização da educação. Tenho para mim que, quando a OCDE elogia, é porque não presta. Porquê? Porque a OCDE é uma organização ao serviço do neocapitalismo globalista. Sempre a OCDE defendeu a mercadorização da educação e políticas educativas que visem embaratecer a mão-de-obra na educação e uma educação meramente utilitária para os pobres.
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