terça-feira, fevereiro 17, 2009

Carta a mim

Francisco

Parabéns pelos múltiplos aniversários do seu blog.

Pena é que sintamos, outra vez, a necessidade de reservarmos a nossa identidade quando tornamos público o nosso pensamento ou emitimos uma opinião. Este receio ancestral e pidesco está de novo aí e, por experiência própria, é tão fácil a nós, mais velhos, voltarmos a adoptá-lo, como medida de precaução.
Sabe o que sinto nesta "apagada e vil tristeza" em que vivemos, neste lodaçal em que se transformou o nosso país, algo que, infelizmente, sempre acontece quando os "pêesses" estão no poder? Já não é nojo, é cansaço - das confusões, das falcatruas, das aldrabices, de tudo em que sócrates transformou o país. Sabe que este homem me faz lembrar o cavalo de Átila, isto é, seca tudo à volta do sítio onde põe a pata?
Em relação e este último bródio do Freeport, sabe o que desejo? Que o homem esteja inocente, limpo como nunca esteve em nenhuma das falcatruas anteriores, mas que seja trucidado pela mesma imprensa que o construiu, que fez dele aquilo que ele não é - um político sério e competente. E sabe porquê? Para que sinta bem na pele o quanto é fácil destruir os outros recorrendo a acusações falsas e injustas, como fez em relação a todos nós, acusando-nos de todos os males da pátria, não se preocupando em distinguir os que são efectivamente maus e não deveriam estar no ensino, daqueles que todos os dias, denodadamente, dão o melhor do seu esforço e saber em prol da profissão que gostam.

É um desabafo, singelo, de quem já não aguente mais tanto disparate.

Se achar interessante, publique-o no blog, mas reserve a minha identidade, por favor. É que os Silva Pais, Rapazotes e Casacas, de muito má memória, encarnam agora como Lelos, Pereiras, Silvas, Santos, etc. e eu já não tenho idade nem pachorra para os aturar.

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