Quando a injustiça se torna lei, a resistência torna-se um dever! I write the verse and I find the rhyme I listen to the rhythm but the heartbeat`s mine. Por trás de uma grande fortuna está um grande crime-Honoré de Balzac. Este blog é a continuação de www.franciscotrindade.com que foi criado em 11/2000.35000 posts em 10 anos. Contacto: franciscotrindade4@gmail.com ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS
sábado, fevereiro 07, 2009
Comunicado do Movimento PROmova
O anúncio do fim da resistência dos professores, pela vertente da viabilização deste modelo de avaliação, propalado, de forma assaz precipitada, por alguns órgãos de comunicação social, contraria a firme disposição de milhares de professores que persistem em recusar a implementação deste modelo de avaliação e traduz projecções de uma realidade inexistente. Acreditamos que alguns se sentiriam muito confortados com a capitulação e a subserviência dos professores, enquanto outros esvaziariam as expectativas que os colegas depositam neles, sem terem que arriscar posições mais determinadas e corajosas.
São três as razões que aconselham a continuação da contestação dos professores, pela via da recusa em implementar este modelo de avaliação:
1) Este modelo de avaliação suporta-se numa injustiça de fundo e enferma de inconsistência e de falta de seriedade, ao confiar a avaliação do professor ao arbítrio de um único colega, cuja competência, autoridade e imparcialidade para avaliar nem sempre é reconhecida, pelo que os professores não estão na disposição de entregar o seu desempenho e o seu futuro profissional a decisões, incontroláveis, de iguais. A falta de rigor e de seriedade sai, ainda, mais agravada na versão simplificada do modelo, o qual se confina a uma avaliação generalista e administrativa do acessório, atribuindo “bom” a todos, com o único objectivo de salvar uma estratégia retórica e eleitoralista;
2) Milhares de professores, por todo o país, ainda que com particular incidência nas regiões Norte e Centro, recusam a entrega dos Objectivos Individuais, evidenciando uma determinação inquebrantável na rejeição desta avaliação, independentemente de ameaças, chantagens e pressões. Trivializar, reprimir ou esvaziar esta força reivindicativa terá consequências perniciosas para quem tiver a tentação de o fazer;
3) Esta equipa do ME, por força de medidas erradas e injustas, como a divisão da carreira (que se não for revogada agora, sê-lo-á na próxima legislatura) e a imposição deste modelo de avaliação, está a degradar o ambiente das escolas, fazendo emergir atitudes e condutas conflituantes, criando injustificadas fracturas entre professores e sancionando pressões, intimidações, boatos, desconfianças, vinganças e atropelos à ética – que instaurarão, na escola, um mal-estar relacional e arruinarão as práticas de colaboração e cooperação, imprescindíveis à qualificação das aprendizagens e da vida escolar.
Em conformidade, o PROmova vem alertar para o carácter equívoco que subjaz ao título do Diário de Notícias do dia 6 de Fevereiro, segundo o qual as "Escolas em luta admitem viabilizar avaliação para salvar professores", sublinhando a seguinte evidência basilar: não foram os PCEs a desencadear a contestação dos professores a este modelo de avaliação, pelo que também não são os PCEs que decidem viabilizar esta avaliação, agindo em nome dos professores que a contestam.
Neste sentido, o PROmova incentiva os PCEs a colocarem-se, nesta contestação, ao lado dos professores, afinal, aqueles por quem foram eleitos quando os processos democráticos faziam lei nas escolas, dando sinais claros e impressivos de coragem e determinação, à semelhança do que persistem em fazer os professores das suas escolas ao recusarem a entrega dos Objectivos Individuais. Esta luta é de todos, devendo cada um assumir as suas responsabilidades e estar à altura das suas convicções e das justas expectativas da maioria dos seus colegas.
Pelo exposto, o PROmova reafirma que, neste momento, REJEITAR ESTE MODELO DE AVALIAÇÃO PASSA PELA NÃO ENTREGA DOS OBJECTIVOS INDIVIDUAIS E, TENDO-OS ENTREGUE, REQUERER A ANULAÇÃO DOS MESMOS, ENGROSSANDO A FORÇA REIVINDICATIVA DE MILHARES DE PROFESSORES QUE NÃO SE DEIXAM VERGAR ÀS AMEAÇAS, À INTIMIDAÇÃO E À CHANTAGEM.
Firmes na recusa da divisão da carreira e na NÃO implementação deste modelo de avaliação, instituídos por um ECD imposto e que, como tal, rejeitamos.
Aquele abraço.
PROmova
PROFESSORES - Movimento de Valorização
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