segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Fracasso

Segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística, a economia portuguesa contraiu-se dois por cento no quarto trimestre do ano face ao trimestre anterior, o dobro das anteriores piores previsões. Em 2008 verificou-se uma variação nula do Produto Interno Bruto, explicado pelo INE com os “contributos negativos do investimento e da procura externa líquida”Havia para aí muita gente a dizer aos sete ventos que, graças às políticas do actual Governo, a crise estava a ser mais meiga com Portugal do que com o resto da Europa. Verifica-se que realidade é algo bastante distinto de desejo. Na mesma onda, muita gente repete para aí o bordão de que há que apostar no sector exportador e manter a aposta dos últimos governos de uma competitividade baseada numa matriz de salários baixos e precariedade laboral. Para quê, se o exterior não está comprador e se essa opção deteriora ainda mais o já débil mercado interno? Para tornar a economia portuguesa ainda mais vulnerável e dependente da conjuntura internacional? A crise internacional explica apenas parte da nossa crise interna. O restante encontra explicações nas políticas seguidas internamente. Pelo PS, pelo PSD, pelo CDS-PP. Há que dinamizar o nosso sector exportador, sim, mas nunca sacrificando o mercado interno. Ou então a consequência pode ser o descalabro que está à vista de todos.
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