O eduquês é a desgraça da escola portuguesa. O eduquês fala uma língua de trapo a que chama "ciências da educação". O eduquês é uma ideologia instalada há décadas no ministério da educação e na administração escolar. O eduquês acha que as meninas e os meninos só precisam de "aprender a aprender" e de "progredir" sem esforço.
O eduquês é acientífico e, portanto, não se preocupa com conteúdos. Termos agora professores de alhos a avaliar professores de bugalhos não deve admirar ninguém. Faz parte do delírio do eduquês.
Há um livro de Nuno Crato que explica bem o que é o eduquês.
Maria de Lurdes Rodrigues (MLR) é adepta ferrenha do eduquês. Desde que entrou para o governo, ainda não parou de tentar fazer das escolas um ATL facilitista.
O facilitismo é uma traição às famílias, principalmente às mais pobres que não têm dinheiro para propinas privadas.
Um balanço sereno e objectivo do consulado de MLR mostra claramente as escolas públicas a perder e os colégios privados a ganhar. Basta analisar os rankings. Basta ouvir o que dizem o Executivo e a Associação de Pais da melhor escola pública do país, a Escola Secundária Infanta Dona Maria de Coimbra.
Em Novembro de 2006, na Livraria da Praça, Guilherme Valente fez uma previsão muito ajustada do que está a acontecer. O raciocínio prospectivo do editor da Gradiva foi o seguinte: (i) MLR não vai olhar a meios para obter resultados estatísticos cor-de-rosa; (ii) as pessoas vão perceber o truque; (iii) a imagem da escola pública vai bater no fundo; (iv) como resultado do desastre, vai surgir uma política séria para salvar a escola pública e fazer o funeral do eduquês.
O país está atolado na fase iii. Falta passar depressa à fase iv.
Joaquim Alexandre Rodrigues
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