A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) determinou hoje a realização do desfile de Carnaval dos alunos do Agrupamento de Escolas de Paredes de Coura embora os professores ainda não tenham decidido se acatarão a ordem da DREN não obstante a critica dos pais dos alunos a esta posição dos docentes.
Os pais dos 900 alunos que frequentam o agrupamento de Paredes de Coura criticam o cancelamento das actividades, acusando os professores de estarem a usar os estudantes como "armas de arremesso" contra o Ministério da Educação, na sua luta contra o sistema de avaliação do desempenho.
"Entendemos e respeitamos o direito à greve de professores e educadores, mas já não achamos legítimo nem correcto que a retaliação à imposição ministerial de um sistema de avaliação acabe por 'sobrar' para os alunos, que não têm culpa de nada", disse à Lusa o porta-voz dos pais.
Eduardo Bastos lembrou aos professores que os alunos serão os "únicos prejudicados" com esta forma de protesto dos professores e acrescentou que se vão reunir hoje à noite para decidirem o que fazer para "convencer" os professores a voltarem atrás naquela decisão.
"Os pais é que decidirão o que se vai fazer a seguir, mas há já quem fale em fechar a escola", acrescentou.
Directora está "proibida de falar"
Contactada pela Lusa, a directora daquele agrupamento, Cecília Terreleira, escusou-se a fazer qualquer declaração, alegadamente por ter sido "proibida de falar" pela responsável da Equipa de Apoio às Escolas de Viana do Castelo.
No entanto, outra fonte do agrupamento disse que hoje mesmo terá lugar uma reunião geral de professores para decidir o que fazer perante a determinação da DREN.
"Não sei até que ponto a DREN tem competência para pôr em causa e contrariar uma decisão do Conselho Pedagógico. Vamos ver", acrescentou a fonte.
Desfile cancelado por falta de tempo para a sua preparação
O desfile de Carnaval pelas ruas da vila de Paredes de Coura dos alunos do agrupamento estava previsto para sexta-feira, mas os professores, em reunião do Conselho Pedagógico, decidiram cancelá-lo, alegando falta de tempo para o preparar.
Os docentes queixam-se que estão "atafulhados" de trabalho, com os processos de eleição do Conselho Geral e do director do agrupamento, as provas assistidas e a avaliação do desempenho, e ainda com as provas de aferição e exames nacionais.
Por isso, divulgaram, decidiram cancelar algumas das 174 actividades programadas para este ano lectivo, entre as quais o desfile de Carnaval, as visitas de estudo dos alunos até ao 8º ano e as idas à praia das crianças do pré-primário.
"Apenas suspendemos três a quatro por cento das actividades. De resto, mantivemos todas as que são cumpridas dentro do horário normal dos professores. Os alunos vão na mesma festejar o Carnaval, mas dentro da escola", afirmam.
Sustentam ainda que "preparar um desfile na rua exige muito mais trabalho de preparação e o tempo não chega para tudo. Os professores não têm o dom da ubiquidade".
Ainda não foi possível obter, até agora, um reacção por parte da directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira.n
Lusa
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