domingo, fevereiro 01, 2009

Pinto Balsemão - Sócrates é descartável


No dia em que nome do Primeiro Minsistro José Sócrates Pinto de Sousa faz as manchetes de todos os jornais, apetece-me antes falar desta figura-sombra do poder em Portugal. A Francisco Pinto Balsemão, nada lhe dá mais conforto que sentir que os mais altos representantes do poder político democrático são peças descartáveis. O ingénuo José Sócrates experimenta agora o reverso da sua fulgurante ascensão.
Formalmente, José Sócrates foi eleito para cumprir um programa eleitoral sufragado. Nesse programa não constavam as medidas de precarização extrema das condições contratuais dos trabalhadores, tampouco a perseguição intimidatória aos professores e muitas outras medidas que caracterizaram o seu magistério. Os resultados são amplamente satisfatórios para Balsemão. No entanto, Sócrates arrisca-se a sair pela porta pequena devido uma inadmissível ingerência da imprensa de Balsemão nos trabalhos de investigação da polícia judiciária. Entre as informações publicadas hoje pelo jornal de Balsemão, só falta mesmo o nome dos que retiraram peças dos processos para as fazer chegar à imprensa.
Últimamente tem crescido entre os partidos ditos "da governabilidade", ou seja, entre os partidos que conseguem menos eleitores por cada deputado eleito, a noção de que no final deste ano só uma solução à Alemanha, de bloco central no governo, é capaz de prosseguir as políticas neoliberais já encetadas. José Sócrates não compreendeu estes avisos. Agora vai prestar contas ao homem que o promoveu durante toda a legislatura, e mesmo antes dela, quando o convidou para uma célebre reunião do clube de Bilderberg.
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