terça-feira, fevereiro 17, 2009

Risco de pobreza para 20% das crianças portuguesas

Portugal está entre os seis países da União Europeia onde mais famílias com crianças abaixo dos seis anos de idade vivem no limiar da pobreza, revela um estudo da Comunidade Europeia divulgado, esta segunda-feira, em Bruxelas e disponibilizado na Internet.
Dados do "Tackling Social and Cultural Inequalities through Early Childhood Education and Care in Europe" indicam que um quinto (21 %) dos agregados familiares portugueses com crianças com menos de seis anos está à beira da pobreza. A tabela que é liderada pela Polónia (25 %), seguida da Lituânia (22,8), Reino Unido (22,6), Estónia (22,2) e Itália (21,1).
No extremo oposto estão a Noruega (6,7), Suécia (9,3) e Eslovénia (10,9). A média europeia é de 17,2 por cento. Os dados do estudo referem-se a 2005 e abrangem os estados não comunitários da Noruega, Islândia e Liechtenstein.
Uma tabela onde Portugal surge em segundo lugar é na percentagem (15,7 por cento) de famílias com filhos menores de cinco anos, sendo apenas ultrapassado por Chipre (16,9) e seguido de perto pela Espanha (15,4).
Os valores mais baixos deste índice são ocupados pela Alemanha e Bulgária (8,8 por cento cada), seguidos da Finlândia (9,8), República Checa e Hungria (11,7 cada). A média é de 12,2.
Quanto aos agregados familiares com apenas um dos pais, Portugal apresenta das menores percentagens (3,9), à frente apenas da Roménia (1,6), Grécia (2,1) Itália (2,6) e Espanha (3,2).
O Reino Unido surge no topo, com 22,3 por cento das suas famílias a serem monoparentais, bastante à frente da Alemanha, que ocupa o segundo lugar com 12 por cento, e da Bélgica, terceira, com 11,6 por cento. A média europeia é de 9,1 por cento.
Em relação aos desempregados, o estudo indica que as famílias com pelo menos uma criança até aos cinco anos onde um dos elementos não tem emprego atingem a média de nove por cento nos 27 países da União Europeia, enquanto em Portugal é de sete por cento. Os valores mais baixos correspondem ao Luxemburgo (3,8), Holanda (4,4) e Reino Unido (4,6), enquanto os mais altos se registam na Polónia (18), Eslováquia (16,2) e Alemanha (11,3).

Comentário: Qual a maneira que o governo tem de fazer face a esta situação? Arranjar uns quantos "magalhães" ou dizer que os arranja...

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