O árbitro da polémica final da Taça da Liga, na qual marcou um penalty imaginário a favor do Benfica (evitando a derrota da equipa encarnada e tornando a competição interessante como poucos julgariam possível) será o primeiro a usufruir de um serviço de atribuição de novas identidades a árbitros ameaçados pela fúria dos adeptos, permitindo passagem a uma tranquila clandestinidade. Recorde-se que Lucílio Baptista não se livrou de ameaças de morte e teve a vida muito dificultada, mesmo tendo reconhecido publicamente o erro e pedido desculpas ao Sporting, como era exigido por dirigentes, técnico e jogadores da equipa lesada. Esta exigência de um pedido de desculpas foi de tal forma veemente que acabou sendo ecoada pela imprensa internacional, ainda que sem a devida contextualização, o que motivou o governo alemão a endereçar um pedido de desculpas pelo holocausto nazi ao Estádio de Alvalade. Além de atribuir novas identidades, o novo serviço da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol fornece auxílio precioso na necessária alteração da aparência, com dicas de cultivo de barbas e bigodes e, para aqueles cuja inclinação genética seja menos hirsuta, com subsídio ao transplante de pêlos púbicos para a face. O cliente inaugural do serviço afirma ser pouco provável que regresse ao futebol com nome falso porque, segundo diz, “não precisa da arbitragem para nada”. O lugar de Lucílio Baptista entre os árbitros de primeira categoria, bem como as suas insígnias de árbitro internacional, serão entregues ao recém-chegado Lucídio Batista, senhor de uma farfalhuda bigodaça.
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