“No seio da própria DREN há um descontentamento grande"
Há cerca de três meses recebi um email de um anónimo que dizia ser funcionário da DREN. O texto longo, redigido em tom pungente, dizia entre outras:
"... fique a saber que nem no bar da casa podemos falar livremente. Estava um colega meu a rir-se entre-dentes de um episódio caricato, muito falado na comunicação social, e mal chegou ao gabinete foi chamado à Direcção e a Margarida Moreira deu-lhe um sermão de tal ordem que o colega nem acreditou. Disse-lhe que se não estava de acordo com o governo que deixasse a função pública, que não admitia que nas instalações da DREN se criticasse o governo ou as políticas do governo, que quem não está bem põe-se, que se viesse a saber de mais algguma observação negativa ao governo ou à política do governo o recambiava para a escola.
Desde que o antónio Basílio denunciou o colega Charrua, ninguém pode emitir qualquer juízo ou opinião naquela casa. Mesmo nos corredores e bar, olhamo-nos uns aos outros com desconfiança e sorrisos amarelos como que a denunciar aquilo que todos sabemos: que estamos todos coagidos e em silêncio não vá alguém denunciar-nos. O sorriso amarelo disfarça a nossa situação de coação perante aqueles que nos visitam mas faz-nos lembrar a cobardia com que vivemos todos os dias".
A declaração de Manuel Valente, picada no Umbigo do Guinote, lembrou-me este mail e deu-lhe alguma actualidade.
O "Pai Albino" só não sabe é quando há-de morrer.
Reitor
http://educacaosa.blogspot.com/
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