A ex-secretária pessoal de Isaltino Morais acusa o autarca de investidas mais íntimas e de ser «instável e deslumbrado». Depois de quase sete anos como chefe de gabinete de Isaltino Morais, Paula Nunes disse numa entrevista à revista «Sábado» que recusou acompanhar o autarca no Ministério das Cidades.
«Ele explicou-me que tinha grande apreço por mim e que tinha pensado que um dia podíamos vir a casar», denunciou à «Sábado».
Paula Nunes desmente que alguma vez tenha tido uma relação íntima com Isaltino Morais e explica que o autarca lhe propôs casamento «como se fosse um despacho do presidente da Câmara. No fundo era mais um momento de exercício gratuito de poder».
«A gaja de Isaltino Morais»
Paula Nunes não gostou de saber que passou a ser conhecida como «a gaja do Isaltino Morais» e acusa o autarca de ele próprio fazer passar essa imagem.
Foi na altura em que Isaltino e o gabinete do autarca foram para o Ministério das Cidades, e por «indignação», que Paula Nunes decidiu fazer a denúncia anónima ao jornal «O Independente». Para a ex-secretária não foi difícil arranjar e fazer cópias dos documentos.
«Como ia buscar até os fatos do Dr. Isaltino ao alfaiate, também fazia os arquivos pessoais, logo desde 2000. Tudo era colocado em dossiês, como a água, a luz e...as contas na Suíça. Estou convicta de que a dada altura ele tinha uma noção de poder e impunidade tão forte que o dossiê das contas da Suíça era igual aos outros todos», denunciou Paula Nunes à mesma revista.
Sem comentários:
Enviar um comentário