domingo, abril 26, 2009

Candidata à presidência do CNE faz ponte entre actividade docente e política

A única candidata à presidência do Conselho Nacional de Educação (CNE), Ana Maria Bettencourt, tem desenvolvido a sua carreira entre a política, a acção cívica e a actividade docente.
O seu percurso profissional, como técnica e como professora do Ensino Superior Politécnico, foi em grande parte consagrado ao estudo, lançamento e acompanhamento de inovações educativas, à formação de professores e à política educativa.

Nessa área, deu particular atenção às problemáticas relacionadas com a melhoria das aprendizagens, à luta contra a exclusão educativa e à educação para a cidadania.

Proposta pelo grupo parlamentar do Partido Socialista para a presidência do CNE, Ana Maria Bettencourt é professora-coordenadora do Departamento de Ciências da Educação da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal e tem-se dedicado à Educação, à formação de professores e à gestão.

Foi presidente da primeira Comissão Instaladora da Escola Superior de Educação de Setúbal e posteriormente presidente do seu Conselho Científico e do seu primeiro Conselho Directivo eleito.

A sua intervenção cívica e política tem-se desenvolvido nos domínios da educação, ensino superior e direitos das mulheres.

Deputada à Assembleia da República pelo círculo de Setúbal entre 1991 e 1995, dedicou grande parte da sua actividade parlamentar às políticas de Educação e Ensino Superior, educação para a cidadania e participação política das mulheres.

Nos dez anos seguintes integrou a Casa Civil da Presidência da República nos dois mandatos sucessivos do presidente Jorge Sampaio, onde foi assessora para os assuntos da Educação e Ensino superior.

É membro do CNE desde 2006, designada pelo Ministério da Educação, tendo nesse âmbito sido relatora de um parecer sobre a educação dos zero aos 12 anos aprovado por unanimidade em 2008.

Nascida em Angra do Heroísmo, Açores, em 1946, Ana Maria Bettencourt é doutorada em Ciências da Educação pela Universidade de Paris V - René Descartes - Sorbonne e mestre em Psicologia pela Universidade de Paris VIII - Vincennes, onde se licenciou na mesma área.

A realização de estudos aprofundados e a criação de pontes para gerar consensos que perdurem para além dos governos são algumas das prioridades que avançou na audição prévia à sua eleição perante os membros da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência.

Ana Maria Bettencourt sucede a Júlio Pedrosa à frente do CNE, estando a sua eleição marcada para 30 de Abril pelo plenário da Assembleia da República (AR).

O CNE visa proporcionar a participação das várias forças sociais, culturais e económicas, na procura de consensos alargados relativamente à política educativa, competindo-lhe - por sua iniciativa ou em resposta a solicitações apresentadas pela AR e pelo governo - emitir opiniões, pareceres e recomendações sobre todas as questões educativas.

Lusa/SOL

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