(NOVOpress) - Tal como a NOVOpress havia anunciado, segue uma entrevista a Rui G. Moura, autor do blog Mitos Climáticos. Em nome de toda a equipa da NOVOpress os nossos sinceros agradecimentos ao Sr. Rui G. Moura pela disponibilidade e simpatia. Alertamos ainda os nossos leitores para a imagem que se encontra no final da entrevista, gentilmente cedida pelo entrevistado, sobre o fenómeno do «aquecimento global».
1) Sr. Rui Moura, pode-se apresentar aos nossos leitores? Actividades, interesses, participação cívica, etc.?
Como estudante fui o que se considera um bom aluno. Sempre no quadro de honra e nos primeiros lugares nas escolas por onde passei. A instrução primária foi feita em Lourenço Marques de onde segui directamente para um colégio interno de índole militar, em Lisboa. Aqui fiz o secundário e um curso médio, chegando ao fim como Comandante de Batalhão. Fui o antecessor do meu grande amigo Dr. Medina Carreira que também foi Comandante de Batalhão. Segui os estudos no Instituto Superior Técnico, de Lisboa, suportados por uma bolsa de estudo da Câmara Municipal de Lourenço Marques. Dada a minha preparação anterior, o curso universitário de seis anos foi completado com relativa facilidade. No IST também pertenci sempre ao quadro de honra e obtive os primeiros prémios do primeiro ao último ano. Assim, atribuíram-me os prémios do melhor aluno do 6º ano do Curso e de melhor aluno de todos os seis anos do Curso de Engenharia Electrotécnica. No IST encontrei grandes mestres como os Prof. Bento de Jesus Caraça, Mira Fernandes, Ferreira Dias e Ferrer Moncada. Fui convidado para Assistente deste último e, mais tarde, numa remodelação do IST, para Prof. Auxiliar.
A minha vida profissional foi ocupada no sector energético nacional por convite do Prof. Ferreira Dias. Depois do 25 de Abril, com a abertura dos cursos de mestrado, fiz o primeiro curso que se realizou no Instituto Superior de Economia e Gestão sobre economia, energia e ambiente. Neste curso encontrei grandes mestres franceses, especialmente no domínio da programação e gestão da energia. Recordo os Prof. Bertrand Chateau, Jacques Percebois e Pierre Criqui que foram consultores da Comissão Europeia.
Devido à boa classificação do curso de mestrado fui oficialmente convidado a ir trabalhar para a Comissão Europeia, em Bruxelas, como especialista português nos domínios do curso de mestrado. Encarregaram-me da gestão de vários Programas Comunitários relacionados com energia, ambiente, investigação e desenvolvimento e telecomunicações. Desse tempo não posso esquecer o Presidente Jacques Delors que marcou uma época na Comunidade Europeia.
Regressado a Portugal fui nomeado para trabalhar na Comissão do Plano Energético Nacional. Participei na elaboração do último Plano Energético Nacional de 1992. Durante os trabalhos de execução deste plano tive a oportunidade de pela primeira vez em Portugal, e com a experiência trazida de Bruxelas, abordar, em colaboração com o staff da Comissão do Plano Energético Nacional, a ligação do sector energético nacional com as emissões de gases para a atmosfera que era um tema da actualidade na Comissão Europeia. Foi publicado, em 1992, um relatório do Ministério da Indústria e Energia – de que na altura era ministro o Engº Mira Amaral – que hoje se pode considerar histórico, designado «Incidência Ambiental da Evolução do Sistema Energético. Emissões de SO2, NOx, CO2. 1990-2010.».
Durante a preparação dos estudos que originaram este relatório, tive oportunidade de discutir com os especialistas portugueses ligados ao assunto e verificar a falta de profundidade de conhecimentos existentes nesta matéria, a nível nacional. Reformei-me logo a seguir e dediquei-me ao estudo aprofundado da climatologia para tirar dúvidas e enriquecer os meus conhecimentos. Fiz um curso de mestrado de meteorologia de uma universidade canadiana e verifiquei com espanto quanto difícil e débil eram os fundamentos desta matéria. Aumentou o meu respeito pelos meteorologistas e climatologista por terem abraçado uma vida dedicada a uma matéria tão complexa e, ao mesmo tempo, tão pouco unificada. Para quem estava habituado ao estudo do electromagnetismo suportado por uma teoria tão forte como a das chamadas equações de Maxwell foi uma surpresa verificar que em meteorologia e climatologia existiam tantas escolas de pensamento com algumas contradições insolúveis e a falta de uniformidade e de síntese das várias escolas.
Aconselharam-me a participar num fórum internacional com os maiores meteorologistas e climatologistas internacionais – com opiniões diversas e às vezes contraditórias – até que descobri os trabalhos do climatologista francês Prof. Marcel Leroux, que fazia parte do fórum. Fiquei deslumbrado por encontrar pela primeira vez algo com lógica explicativa e baseado nas observações meteorológicas confirmadas pelas dos satélites que iniciaram a sua tarefa em 1979. O Prof. Marcel Leroux mostrou-se desde logo aberto a me facilitar o caminho dos seus vastíssimos conhecimentos. Deu-me o privilégio de me considerar seu amigo e discípulo. Tudo o que sei se deve aos seus pacientes e persistentes ensinamentos. Consegui pô-lo em contacto com dois dos mais distintos Prof. de climatologia portugueses e esteve quase a iniciar uma colaboração apertada com uma universidade portuguesa não fora o seu falecimento prematuro. Tenho ainda a esperança de colocar Portugal no topo da climatologia moderna ao entrelaçar uma universidade portuguesa com a Universidade de Lyon, França, onde o Prof. Marcel Leroux deixou uma escola que floresce com muitos alunos interessados nesta matéria. Um Prof. de climatologia de uma universidade portuguesa já se mostrou interessado no intercâmbio com a Universidade de Lyon. Falta arranjar o financiamento para levar à prática esse projecto.
Actualmente, sou o editor do blog: http://mitos-climaticos.blogspot.com
2) O que o levou a escrever o blogue Mitos Climáticos e a mantê-lo desde 2005?
Colegas meus conhecedores dos estudos no domínio da climatologia disseram que era meu dever transmitir os meus conhecimentos aos nossos concidadãos antes que desaparecesse desta vida. Sugeriram a abertura de um blogue dedicado ao assunto. Como não tinha conhecimentos suficientes em matérias ligadas às técnicas da informática, um deles abriu o blogue e disse: - «Agora é só escrever!». Nem sequer sabia como se publicava uma figura num blogue… No primeiro e no segundo ano do blogue publiquei uma espécie de tratado de climatologia moderna. Tinha a noção que era uma matéria de difícil divulgação. Fiz grandes esforços para que o blogue se dirigisse ao maior número de pessoas sem grandes conhecimentos na matéria. Tive algum apoio do Prof. Marcel Leroux que me aconselhou determinadas pistas para explicar as suas teorias modernas. Inicialmente, o blogue tinha a caixa de comentários aberta e começaram a aparecer ofensas em escritos de gente que não suportava ver desmistificados os seus mitos. Deste modo, vi-me obrigado a fechar a caixa de comentários e a discutir em privado com os leitores. Este processo tem sido enriquecedor, pois recebo muitas mensagens que me obrigam a estudar este ou aquele pormenor para satisfazer a curiosidade de leitores atentos e interessados em aumentar os seus conhecimentos e não em ofender. Não posso esquecer colegas e amigos que me ajudam especialmente na revisão dos textos pois sou o único responsável pelo conteúdo do blogue. Já tive o prazer de publicar artigos de um distinto Prof. de climatologia do Brasil. Os leitores brasileiros são dos mais entusiastas com o desenvolvimento do blogue. Recebo mensagens de leitores desde os mais modestos de Roraima aos leitores mais eruditos dos grandes centros do Brasil e de universidades. Prof. brasileiros dizem-me que aconselham os seus alunos a seguirem o blogue nos seus trabalhos de investigação. Diga-se de passagem que o Brasil tem cientistas climáticos de elevadíssimo nível. De Portugal, também se me dirigem alguns Prof. universitários incentivando o meu trabalho de divulgação e, até, auxiliando-me em determinados aspectos das suas especialidades. Mas, de um modo geral, pedem-me para manter o anonimato.
3) No seu blogue é recorrente falar do livro «A Ficção Científica de Al Gore». Segundo o Rui porque razão Al Gore decidiu abraçar e tornar-se no principal porta-voz da causa à qual se chamou «aquecimento global»?
Al Gore é um político na reforma que se transformou num homem de negócios. Não me compete analisar o porquê da sua participação num debate eminentemente científico. Só me preocupa a sua nefasta participação neste debate por verificar a sua completa falta de conhecimentos na matéria e a enormidade de erros científicos que propaga. Sendo um entertainer, a sua figura mediática pretende dar credibilidade aos erros científicos que o seu discurso comporta. Quando o filme “Uma Verdade Inconveniente” se estreou em Portugal, já o blogue Mitos Climáticos existia há algum tempo, alguns jovens dirigiram-se-me, quase todos cordialmente, no sentido de dizer que a minha actividade era inútil perante a acusação inapelável de Al Gore. Também alguns amigos – mesmo diplomados! – ficaram aterrados perante as acusações visionadas no filme. Uma leitora, estudante de ciências, trocou várias mensagens pedindo-me explicações científicas que refutassem as afirmações de Al Gore. Por mais que lhe explicasse acabou por dizer: - «Pois sim, acredito mais naquilo que ele diz…» E o que disse Al Gore? Apresentou imagens dramáticas, algumas com efeitos cinematográficos – como sejam as maquetas de plásticos a simular derrocadas de gelo de hipotéticos glaciares – como se tudo fosse culpa das actividades humanas. Cheias? Secas? Furacões? Subida dos oceanos? Tudo era devido ao aquecimento global e este era devido ao Homem. Ele espalha a palavra como um mensageiro espiritual que pretende a nossa salvação e a salvação do Mundo. Só que ele mente, mente e mente… O livro com tradução em português «A Ficção Científica de Al Gore», de Marlo Lewis Jr., foi o primeiro livro a nível mundial – nem nos EUA se publicou antes de Portugal – que desmistifica as profundas mentiras de Al Gore. É um livro com uma base científica profunda, de tal ordem que um Prof. do IST o aconselhou aos seus alunos do curso de mestrado IST-MIT. Ou seja, as mentiras de Al Gore são desmontadas umas atrás das outras com uma base científica irrefutável n’ «A Ficção Científica de Al Gore». Neste momento, Al Gore está a formar milícias de jovens americanos para espalhar a sua mensagem como uma espécie de guardas vermelhos dos tempos de Mao-Tse-Tung… Ele já confessou que o assunto era espiritual!
Toda a entrevista aqui
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