Tutela garante que escolas resolvem casos de carência alimentar que identificam
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, garantiu hoje que as escolas resolvem todos os casos de carência alimentar que identificam e considerou alarmistas as declarações do director-geral da Saúde sobre os problemas de alimentação de alguns alunos.
"Não temos nenhum caso identificado de carência alimentar que as escolas não resolvam", assegurou Maria de Lurdes Rodrigues, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita à Escola Secundária Aurélia de Sousa.
Questionada sobre a sugestão do director-geral da Saúde, Francisco George, de as cantinas escolares abrirem durante as férias para suprir necessidades alimentares de algumas crianças, a ministra criticou o alarmismo gerado em torno do assunto. "Gostava que se baixasse o tom do alarmismo. Confio que as escolas resolvem esses problemas e que fazem muito mais do que é a sua obrigação estrita em matéria de suprimento de necessidades alimentares", afirmou.
A ministra da Educação disse não estar preocupada com esta matéria, sublinhando que as escolas já tratam deste problema há muito tempo. "Há muitos anos que as escolas intervêm nesta área. Têm uma acção muito eficaz e muito interventiva, superando eventuais necessidades de apoio por parte das famílias", observou.
Francisco George avançou que estão previstas "medidas de contingência" para responder aos efeitos da crise económica na saúde dos portugueses. Para prevenir situações de má alimentação nas crianças, sobretudo as que estão em idade escolar, a DGS já contactou o Ministério da Educação para, no caso de ser necessário, as cantinas das escolas estarem abertas mais tempo, incluindo nas férias, "servindo refeições de uma forma equilibrada".
Questionado sobre a existência de crianças com fome devido à crise, Francisco George admitiu que já surgiram casos pontuais, mas "ainda não constituem um problema de dimensão preocupante".
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