Mas o que é esta M****???
Professores marcam protesto para início da campanha
Sindicatos prometem manifestação para o final de Junho. Sindicatos continuam na próxima semana a fazer rondas junto das escolas para consultar professores sobre novas formas de contestação.
Os professores vão voltar a manifestar-se na rua e tencionam aproveitar o arranque da campanha eleitoral para as europeias para o protesto. A Plataforma Sindical dos Professores está a promover, em todo o país, diversas reuniões para preparar uma "acção forte", anunciou ontem em Viseu, Mário Nogueira dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof).
De acordo com o sindicalista "só nesta semana", os sindicatos já promoveram 800 reuniões integradas naquilo que designaram "semana de consulta" aos docentes. As reuniões servem para "recolher contributos de todos os professores para ser elaborada uma moção que será depois posta em discussão".
Sobre a data do protesto Mário Nogueira adiantou apenas que "há colegas que preferem o dia antes do arranque da campanha e outros que querem mesmo o dia 23 de Junho".
Quanto ao modelo da manifestação a fazer naqueles dias "nada ainda está decidido". No entanto o dirigente da Fenprof adiantou as várias opções em cima da mesa: "há colegas que defendem uma manifestação de luto, e outros que querem uma grande festa de despedida da ministra e dos seus 'muchachos' .
Por outro lado, o sindicalista quer deixar já um pré aviso ao próximo Governo, alertando-o para a situação dos professores e para os problemas do ensino.
Já o processo de avaliação dos professores "com a reformulação simplex está parado enquanto aguarda a fiscalização sucessiva do Tribunal Constitucional", afirmou Mário Nogueira.
Apesar disso o sindicalista garante que os professores "irão entregar a ficha de auto-avaliação no final do ano lectivo, mas fazendo-a acompanhar de uma declaração onde reconhecem que só o fazem porque a isso estão obrigados".
A proposta de acompanhar a auto-avaliação com uma declaração de protestos "tem tido uma aceitação extraordinária e mostra que o modelo de avaliação é incoerente, burocrático e não serve para avaliar professores".
Sobre as críticas de alguns docentes que na semana passada acusaram os sindicatos de estar a cumprir calendário por já terem decidido avançar para um protesto, o dirigente da Fenprof reconheceu a existência de "alguns críticos" mas diz que na "na hora da verdade eles não aparecem".
Nestas semanas em que têm ocorrido reuniões com os professores está também em cima da mesa a negociação com o Ministério da Educação sobre a revisão do Estatuto da Carreira Docente.
"Os professores estão a mostrar ao Governo os problemas que os atingem" bem como "o previsível aumento do desemprego na classe no arranque do próximo ano lectivo, se a proposta do Ministério da Educação se mantiver, disse. "Os professores temem que os contratados e os docentes pertencentes aos quadros da zona pedagógica sejam os primeiros a serem despedidos", conclui Mário Nogueira.
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