Queriam uma «nova revolução dos cravos», um novo «25 de Abril»...
Quantas vezes se ouve isto, misto de queixume, de «alistamento metafórico», pois é em direcção ao passado, não ao presente e ao futuro, que se dirige...
Será que é preciso alistamento, recrutamento? Mesmo metafórico? Será que isso é uma «revolução» ou será outro golpe de estado? Será que as pessoas de esquerda vão de uma vez por todas analisar friamente (e pôr-se em causa) o que foi a origem, o desenrolar e o epílogo (que estamos a viver) da chamada «revolução de Abril»???
Afinal de contas, há uma esquerda (quase toda) que é parte do problema porque teima em não ver, não ouvir, não falar:
ela teima em cantar os estribilhos, a «pensar» com frases feitas, com slogans, em vez de ser crítica... o que significaria auto-crítica, pois ela teve o poder ou pelo menos fatias não desprezíveis do poder, e ainda tem: se não o vê, é porque não lhe convêm! Será necessário ser-se um Ramalho Eanes para se proclamar o óbvio (e daí tirar as devidas consequências???):
«o portugueses têm o governo que merecem, os partidos que merecem, as instituições que merecem»
Eu acrescentaria que esta construção é a obra visível da «esquerda», ela (elas, se preferirem) nunca se pôs em causa.
Atentem no episódio vergonhoso do 25 de Abril de há dois anos (Repressão de manif libertária na rua do Carmo*). Pensem como o estado está a lidar com as vítimas de uma repressão brutal e injustificada!!!
Não haverá desculpas, quando for a hora da verdadeira revolução. Nós aprendemos com os erros.
http://cravadonocarmo.wordpress.com
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