sexta-feira, maio 08, 2009

Fenprof afirma que data da manifestação teve em conta iniciativas previstas para dois sábados anteriores

A Fenprof explicou hoje que os professores marcaram uma manifestação para 30 de Maio de forma a demarcarem-se de outras iniciativas previstas para os dois sábados anteriores, depois de ter sido acusada de aproveitamento político a pensar nas europeias.

Em comunicado, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) salienta que a manifestação, inicialmente prevista para 16 de Maio, foi adiada por nesse dia se realizar em Lisboa uma iniciativa promovida pela Igreja Católica, que deverá concentrar mais de 150000 pessoas, e porque no sábado seguinte, 23 de Maio, se realiza na capital uma marcha promovida pelo PCP.

'Para não ser a um sábado, a manifestação teria de se realizar em dia de semana, ou seja, com a convocação de greve, não tendo sido essa a opção tomada neste terceiro período lectivo, sobretudo pelas consequências que dela adviriam', realça a estrutura, acrescentando que, 'assim sendo, restou o sábado dia 30, tendo-se evitado, como alguns professores propuseram nas reuniões realizadas, que se realiz asse em 6 de Junho, véspera das eleições europeias'.

No comunicado, é destacado ainda que a manifestação foi convocada pela Plataforma Sindical dos Professores, que reúne 11 organizações sindicais, e não apenas pela Fenprof.

O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, acusou a Fenprof de ter convocado uma manifestação para dia 30 de Maio por ter dirigentes que se candidatam nas listas da CDU ao Parlamento Europeu, pelo que aproveitariam a acção para campanha eleitoral.

A Fenprof defende que 'a integração de listas, seja para que eleições for, é uma decisão que compete a cada cidadão ou cidadã', pelo que considera que as declarações do secretário de Estado revelam 'falta de estatura e cultura democráticas'.

Também o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, considerou 'insólita' e 'pouco adequada' a marcação de uma manifestação de professores para uma semana antes das eleições europeias, lembrando que os sindicatos tinham inicialmente apontado outra data.

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