domingo, maio 10, 2009

O governo já injectou mais de 2 mil milhões de euros na banca falida.


Mas o crédito para as micro, pequenas e médias empresas continua a não chegar até elas. Ninguém sabe o que a banca anda a fazer ao dinheiro mas é certo que o retém e que ele não circula.
O prémio Nobel da economia acusou ontem a alta finança de ser a única responsável pela crise e diz que os governos não estão a combate-la com eficácia.

"O que a alta finança mundial fez fez foi detectar que afinal havia dinheiro do fundo da pirâmide (os que vivem no limiar da pobreza e que, à força de querer pertencer à classe média desataram a comprar casa) e captou esse dinheiro pobre que, todo junto, são biliões de biliões.
O problema é que os pobres deixaram de ter capacidade de honrar os seus compromissos e isso causou a hecatombe geral".

Agora a alta finança está a reclamar dos estados a contribuição para a minimização do prejuízo que ela e apenas ela provocou.
E muitos governos - como o nosso - vão na cantiga de injectar o dinheiro dos contribuintes em bancos falidos, agravando a crise.
Porque esse dinheiro era urgente nas empresas para dinamizar a economia. Não devia ser dado à banca, que continua falida embora com prejuízos menores.
Porque é que o governo não pára de injectar dinheiro no BPP e o BPP nem assim o devolve aos seus clientes?
Porque é que o governo não injecta esse dinheiro nas empresas com futuro mas que sem ele não o terão? Ou pelo menos porque não o devolve aqueles que depositaram as suas economias nesses bancos muito duvidosos?
Os depositantes não guardarão o seu dinheiro em casa.
vão depositálo noutros bancos que lhe mereçam mais confiança. O dinheiro circularia. Assim, não.
O dinheiro assim dado à banca falida desaparece de imediato para as off-shores, como referem os principais especialistas na matéria. Nem um cêntimo é usado para reanimar a economia nacional. É tudo dinheiro deitado à rua. Literalmente.
Quanto mais o governo der aos BPPs desta vida, mais os BPPs o enviam para o estrangeiro para o porem a salvo.
Como diz o prémio Nobel: a banca apostou mal nos clientes, mas apostou bem nos políticos.
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