O PCP vai propor esta tarde à comissão de inquérito ao caso BPN a apresentação de uma queixa-crime contra o Banco de Portugal (BdP) por desobediência qualificada, por se ter recusado entregar ao Parlamento documentos considerados essenciais para o apuramento dos factos. A proposta surge depois de o PS ter recusado a via judicial para pedir o levantamento do sigilo profissional e bancário com base no qual o BdP tem recusado entregar, por exemplo, o relatório de auditoria feita ao BPN, as actas de reuniões do Conselho de Administração do BdP sobre as práticas da Sociedade Lusa de Negócios, assim como vária correspondência entre as três entidades. Segundo o deputado comunista Honório Novo, tudo documentos que “comprovam as ineficiências do sistema, sobretudo do banco de Portugal”. Fica a faltar a proposta de responsabilização disciplinar, financeira e criminal de quem do BdP, por acção ou omissão, com ou sem dolo, permitiu as actividades à margem da lei que conduziram ao buraco financeiro de mais de dois mil milhões de euros que o Governo não hesitou em encher com o dinheiro dos contribuintes seus representados. Estranha-se que não tenha ainda sido apresentada por ninguém.
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