No âmbito do inquérito parlamentar ao caso BPN, a direita não se cansa de pedir a cabeça do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, para ganhar pontos ao PS. Constâncio defende-se dizendo que a supervisão do BP não falhou e afirma-se de “consciência limpa”. De certo modo tem razão: é que o papel do BP não é entravar os negócios da banca, especialmente quando eles correm de feição. Por isso mesmo, Constâncio se mostrou sempre muito mais zeloso ao longo dos anos no aconselhamento de governos e patrões a “moderarem” o aumento de salários dos trabalhadores. É para isso que recebe um chorudo ordenado.
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