sexta-feira, junho 26, 2009

A escolha é simples

Chase Kear teve um acidente grave e fracturou o crânio

Pessoas no local ligam para um hospital próximo com os seus telefones

Algumas pessoas no local rezam

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Médicos chegam ao local do acidente por
helicóptero

Familiares rezam

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Médicos administram primeiros socorros

Familiares rezam

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O helicóptero chega ao hospital e Chase é transportado para a unidade de cirurgia

Familiares rezam

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Cirurgiões removem parte do crânio para proteger o cerébro do seu próprio inchaço

Familiares pedem um padre
para a extrema-unção

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Chase é tratado com antibióticos para prevenir infecções

Familiares rezam

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O inchaço reduz e os doutores restoram a parte do crânio que tinha sido removida

Familiares rezam

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Chase sente-me muito melhor e está a caminho de uma recuperação completa.

Há duas maneiras de olhar para este acontecimento.

Uma é dar valor a todo o trabalho realizado pelos paramédicos, pelos médicos, e todo o pessoal de apoio, tanto no transporte, como no hospital.

A outra é pensar que um conjunto de pessoas a murmurar com as mãos unidas podem chamar a atenção de um homem invisível para fazer algo indetectável.

Parece que a igreja Católica pensa que a segunda explicação é a mais provável, e enviou uma equipa de “investigadores” para determinar se a recuperação de Chase foi um “milagre” (ver aqui).

Antes de mais, expressar o meu contentamento por Chase estar a recuperar e não ter tido nenhuma complicação fatal.

Para quem não tiver paciência para ler a peça, há um padre envolvido, há muita oração, uma ou duas coincidências sem qualquer relação com a situação de Chase, e uns pais que são eles próprios fanáticos religiosos e que gritam aos céus “milagre, milagre”. Tudo o que é necessário para se iniciar uma “investigação religiosa”.

E isto no Kansas, terra dos Protestantes evangélicos.

Chamem o Randi!

Se vivessemos há 20 anos atrás, o mais certo era que Chase estivesse agora com o “senhor”.

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