terça-feira, junho 02, 2009

Ética jornalística


Veja aqui uma compilação de vários momentos da jihad de O’Reilly contra Tiller.
O assassínio de George R. Tiller por um terrorista está a suscitar uma série de debates muito interessantes nos Estados Unidos. Um dos artigos que mais gostei de ler foi escrito por Susan Brooks Thistlethwaite, ex-presidente do Chicago Theological Seminary, que expõe as inconsistências éticas e morais dos chamados pró-vida - que na realidade não passam de anti-escolha por razões da zona pélvica.
Não acredito que seja possível que estas inconsistências se tornem aparentes para a maioria dos fundamentalistas que importunavam os transeuntes e ululavam em frente a uma Planned Parenthood em San Diego. A minha primeira impressão era que se tratava de loucos violentos que tinham escapado da ala psiquiátrica do hospital onde ia tentar explicar que a minha reacção positiva à tuberculina se devia a ter sido vacinada (repetidamente) contra a tuberculose.
Mas estas manifestações de loucura violenta ocorreram durante a administração Clinton quando, como nos recorda Cristina Page, a retórica de ódio da direita religiosa, nomeadamente nos media, acirrava e instigava os mais desequilibrados. Durante a administração de G.W. Bush, o grande cruzado em defesa da vida que os iraquianos, entre outros, conhecem e «admiram», o incitamento ao ódio contra os «assassinos abortistas» por parte dos media conservadores/religiosas foi mais suave, o que se repercutiu numa diminuição da actividade terrorista: não houve assassinatos de ginecologistas e apenas um ataque bombista a uma clínica.


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