sexta-feira, junho 26, 2009

Governo pondera fusão da RTP 1 com a TVI

De acordo com informações recolhidas pela Inépcia (lendo a primeira letra de cada linha ímpar num artigo do jornal “O Crime” com o título “Professor come alunos em guisado macabro” , enviado por remetentre anónimo), o governo estuda a possibilidade de fundir a RTP 1 com a TVI se se concretizar a aquisição pela PT de 30% do grupo Media Capital, proprietário do quarto canal. Desta forma, resolver-se-ia o problema de uma estação televisiva privada passar a ser parcialmente controlada pelo Estado e reforçar-se-ia a televisão pública com os apetecíveis meios e audiências da TVI. Augusto Santos Silva, ministro dos Assuntos Parlamentares e responsável pela tutela da comunicação social, recusou-se a comentar quando o abordámos num urinol público, alegando ter em mãos assunto de resolução mais urgente, mas, por um extraordinário golpe de sorte, encontrámos um dossier com documentos acerca do assunto perdido dentro da sua pasta, deixada junto ao secador de mãos para escapar aos pingos perdidos. Assim, sendo verdade que não existem grandes diferenças entre a filosofia de programação de um canal e do outro, verificando-se que ambos concedem grande espaço à boçalidade e à degradação humana, disfarçando ocasionalmente estes dois elementos com a máscara da “solidariedade”, a fusão obrigaria a algumas alterações de fundo. Os dois programas que ocupam a emissão matinal e vespertina em cada canal (”Você na TV” e “As Tardes da Júlia” na TVI e “Praça da Alegria” e “Portugal no Coração” na RTP 1), e que partilham o mesmo formato básico, fundir-se-iam em “Praça de Você na TV Da Alegria”, apresentado de manhã por Manuel Luís Goucha, Sónia Araújo, Jorge Gabriel e Cristina Ferreira, e em “Portugal no Coração da Júlia à Tarde”, apresentado após o almoço por Júlia Pinheiro, João Baião e Tânia Ribas de Oliveira. Para maximizar o aumento de potencial, cada um dos programas veria o seu tempo de emissão aumentado para dezoito horas, o que poderá trazer alguns problemas relacionados com a rotação da Terra em ciclos de 24 horas, mas essa dificuldade seria facilmente ultrapassada com recurso a buracos negros estrategicamente aplicados. Além de mudanças necessárias nos serviços informativos e da inclusão de mensagens didácticas sobre prevenção de incêndios e deveres cívicos nas telenovelas da estação privada, outra grande alteração seria o fim da animosidade da direcção da TVI pelo governo de José Sócrates. Segundo apurámos, José Eduardo Moniz estaria disposto a ultrapassá-la em troca do cargo de director do novo megacanal e da inclusão da esposa nos quadros da empresa. A função de Manuela Moura Guedes não foi decidida, mas tudo indica que a irritável jornalista seria presa na cave durante o dia e libertada durante a noite para afugentar eventuais gatunos. A possibilidade de bancos falidos nacionalizados serem aproveitados para reality-shows financeiros, permitindo-se a sua gestão por celebridades como José Castelo Branco e Lili Caneças permanece em aberto.

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